Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro está preso. Mensagens de teor golpista, trocadas com militares, serão questionadas na CPI do 8/1
Augusto Tenório, Rebeca Borges
A CPI do 8/1 no Congresso Nacional definiu que tomará o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid na próxima terça-feira (4/7). Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Cid foi preso no dia 3 de maio por suspeita de fraude em cartões de vacinação contra a Covid-19 e é considerado uma peça-chave para a investigação sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.
A realização do depoimento de Mauro Cid foi confirmada pelo deputado federal Arthur Maia (União-BA), presidente da sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, ao final da sessão desta terça-feira (27/6), quando os parlamentares fizeram questionamentos ao coronel Jean Laward Júnior, ex-subchefe do Estado Maior do Exército.
A oitiva com Jean Lawand Júnior aconteceu porque no celular de Mauro Cid foram encontradas mensagens do militar pedindo ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro interferência para convencer o então presidente da República e as Forças Armadas a darem um golpe de Estado. O coronel não aceitava a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro de 2022.
Também foram encontradas no celular de Mauro Cid conversas de teor golpista envolvendo outros militares:
– General Édson Skora Rosty
– Tenente-coronel Marcelino Haddad
– Major Fabiano da Silva Carvalho
– Sargento Luis Marcos dos Reis
2 respostas
Dúvidas que o único que irá se lascar será o sargento?
Aguardo, ansiosamente, os argumentos desse leão de OM, mas como pediu um salvo conduto ao STF, órgão que tanto vilipendiaram, para calar a verdade, provavelmente, não vai dizer nada.