Em virtude da decisão, o deputado tem até 30 dias para devolver todos os armamentos que estão em sua posse
Luíza Vieira
O ex-deputado federal Roberto Jefferson foi notificado pelo Exército Brasileiro sobre o cancelamento do seu Certificado de Registro (CR), que autoriza o manuseio de arma de fogo. A ação decorre de um processo criminal que Jefferson responde após atirar em agentes da Polícia Federal que se deslocaram até a cidade de Levy Gasparian (RJ) para cumprir um mandado de prisão, em outubro do ano passado.
Em virtude da decisão, o deputado tem até 30 dias para devolver todos os armamentos que estão em sua posse.
“Tendo em vista instauração de processo administrativo para cancelamento de Certificado de Registro (CR), motivado pela existência de Ação Penal, em trâmite no Juízo Federal de Três Rios, da Comarca do Rio de Janeiro-RJ, informo decisão de cancelamento do CR, diante da irrefutável perda da idoneidade, condição sine qua non para o exercício de atividades com produtos controlados pelo Exército”, consta no texto que será entregue.
Em decorrência dos crimes cometidos em outubro do ano passado, Jefferson foi indiciado por tentativa de homicídio. No que antecede a isso, ele respondia a outros processos no Supremo Tribunal Federal (STF).
Atualmente, Jefferson está em tratamento psiquiátrico em um hospital penitenciário do Rio de Janeiro. Desde a prisão do ex-parlamentar, a defesa dele alega que o ex-deputado deveria ser colocado em prisão domiciliar por questões de saúde. Contudo, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) só autorizou a remoção após Roberto Jefferson sofrer uma queda dentro da prisão.
Depois do acidente, Jefferson passou por uma série de exames psiquiátricos em um hospital particular no Rio de Janeiro. No pedido feito ao STF, a defesa de Jefferson alega que seu cliente emagreceu 17 quilos nos sete meses em que permaneceu preso preventivamente e que, recentemente, tem escutado vozes.
Os advogados afirmam ainda que o ex-deputado não tem condições de permanecer preso na penitenciária em Bangu 8.
A pedido do ministro Alexandre de Moraes, o laudo médico elaborado pela Secretaria de Administração Penitenciária do Rio, aponta que Jefferson apresenta quadro depressivo.
No último dia 14, o ex-parlamentar completou 70 anos de idade, todavia, não houve comemoração, uma vez que as únicas visitas que pode receber é dos advogados e da esposa.
O Povo
6 respostas
O exército agiu corretamente, cassando o registro. Não podemos, nem Devemos politizar uma medida administrativa Legítima das forças armadas.
Bob Jeff, o pistoleiro da ultradireita bolsonarista.
Da Tuma do coronel que xingou Exército de “merda” vira réu.
Só gente boa, A fina flor de Stanislaw Ponte Preta.
A escol da sociedade brazileira.
Se bozonaro tivesse sido Expulso com desonra lá atrás, não seria presidente, não teria cooptado membros atuantes em sua louca e insana tentativa de golpe, Roberto Jeferson ainda estaria cumprindo as Sanções do mensalão, dentre outras maledicentes peripécias desse que destruiu o país, colocando até membros da mesma família em choque.
Esse doido sem moral, mas usufruindo das benesses de um partido político, viu nas insanidades bozonarista a oportunidade de voltar a mamar nas tetas públicas. Cana novamente.
Quer dizer que ele tinha autorização para ter fuzil em casa mesmo estando em prisão domiciliar? Impissionanti!
As palavras têm poder, e devem ser usadas corretamente. Nós só podemos devolver o que não é nosso: se pego dinheiro emprestado, eu devolvo; se pego um carro emprestado, eu devolvo. As armas são propriedade do ex-deputado, e não propriedade do Estado que estavam emprestadas ao Roberto Jefferson. Portanto, é impossível essas armas serem “devolvidas”, elas serão CONFISCADAS. Isso é importante frisar porque toda a imprensa desarmamentista abraça o discurso de “devolução” de armas da população ao Estado, como se o cidadão (de bem, não o criminoso) não tivesse sido autorizado a comprar e não tivesse pago pela arma, inclusive havendo emissão de Nota Fiscal, e que portanto é de sua propriedade.