Ministro da Defesa sai fortalecido da crise com militares e cala o PT

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, ao lado do novo comandante do Exército, general Tomás Paiva
Wilton Junior/Estadão Conteúdo

José Múcio vinha sendo minado por petistas, mas sua atuação na troca do comando do Exército o fortaleceu

Evandro Éboli
O ministro da Defesa, José Múcio, saiu mais forte do que entrou na crise com os militares. Muito em especial, com o Exército.

Múcio foi escolhido por Lula para o cargo por seu perfil contemporizador. Logo que foi indicado, foi elogiados até por generais de Jair Bolsonaro.

No cargo, o ministro foi alvo dos petistas por ser condescendente demais com as Forças Armadas e não ter jogado duro com a concentração de bolsonaristas golpistas em frente aos quartéis. No caso, não pressionou o Comando do Exército a tirar esse pessoal daquelas imediações.

Não bastasse, ainda declarou que aquelas concentrações de seguidores de Bolsonaro eram “democráticas”.

Com o 8 de janeiro, o ministro voltou a ser alvo de críticas. Era obrigação dos militares terem antecipado que aquela quebradeira iria ocorrer.

O presidente da República, então, veio a público confirmar Múcio no cargo, um antigo aliado, amigo e que não iria afastá-lo.

Fortalecido, coube a Múcio o papel delicado de afastar o ex-comandante do Exército, Júlio César Arruda, e substituí-lo pelo legalista Tomás Miguel Ribeiro Paiva. Mesmo seguindo orientação de Lula, não foi uma tarefa fácil.

Depois desse episódio, o ministro da Defesa sai fortalecido. O tom de suas declarações mudou. Deu suas razões para afastar o general. De quebra, calou a turma do PT que vinha atuando nos bastidores pela sua queda.

METRÓPOLES/montedo.com

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