Exército vai repaginar 200 blindados com mais de 30 anos

Uma unidade VBR EE-9 Cascavel – Crédito: 13º Esqd CMec/EB

Nairo Alméri
O Comando do Exército (Ministério da Defesa) parece não se impressionar com a saturação de equipamentos blindados modernos usados pela Rússia na invasão à Ucrânia. E, portanto, segue com a licitação de “modernização” de blindados Cascavéis, sendo os mais novos com três décadas de uso.
Esses veículos foram fabricados pela Engesa – Engenheiros Associados S/A entre 1974-1993.
A encomenda em curso da Diretoria de Fabricação do Exército é para “modernização” de nove blindados – dois serão e “protótipos” e sete “pilotos”. Essas peças são da categoria “Viatura Blindada de Reconhecimento Média Sobre Rodas – EE-9 Casvcavel”.

Sucesso em guerras no Oriente Médio
O Exército publicou o resultado da fase de habilitação na quarta (02/03). Quatro consórcios concorriam, sendo habilitado o formado pelas empresas Akaer (líder), Opto e Universal. Os liderados pela Norinco, Ares Equitron foram inabilitados. Todavia, podem recorrer no prazo de cinco dias úteis. Além das empresas citadas, retiraram editais a Avibras, Combat, Armos, Columbus, Hensoldt, IAI, Rafel, Rosoboronesport e Safran.
A Engesa [cerrou] suas portas em 1993. O Cascavel foi exportado para alguns países. Mas foi em guerras pelo Oriente Médio e África que o equipamento conquistou fama.

Exército utilizará instalações do AGSP
A Comissão Especial de Licitação prepara a fase de julgamento das propostas técnicas, caso no prazo determinado não seja protocolo recurso. Os blindados serão, então, “modernizados” nas instalações do Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP). A Diretoria de Fabricação é subordinada ao Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército.

Meta é repaginar 200 blindados
O Comando do Exército deflagrou o programa de “modernização” de blindados VBR-MSR em 25 de fevereiro de 2021, em “Aviso de Chamada Pública”. Detalhou, então, os procedimentos aos interessados. Esclarecia, além disso, que a intervenção poderá variar entre 98 a 201 viaturas. Muito doida, portanto, a distância entre o mínimo e o máximo.

Operar até 2037
Essa, todavia, gama seria atingida em até oito anos. O Exército, portanto, tem expectativa de que cada equipamento, após essa repaginada, ganhe, ao menos, quinze anos de vida útil.

A publicação especializada “Tecnologia e Defesa” informou, em fevereiro de 2021, que o Exército tinha em seus quartéis frota de 409 veículos Cascavel EE-9. Entretanto, não detalhou quantos estavam em operação.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
UAI/montedo.com

6 respostas

  1. Em 1973 quando da construção da Cuiabá Santarém a nossa Equipe de Desmatamento BANDEIRANTES, recebeu um Caminhão 6 x 6 tipo Tandem (MN) e por ocasião da época do período chuvoso de novembro a abril nos utilizávamos para deslocamentos para as frentes de trabalho por um bom tempo com esse Caminhão fabricado pela ENGESA nunca ficou atolado, tina um Guincho na frente com um Cabo de Aço com mais de 60m e outro guincho na parte de traz da carroceria que era de ferro. Tinha o nome de “Bernardão”. Porém seu motor era a gasolina e tinha um alto consumo! Se ele fosse dotado de um motor Mercedes Benz a Diesel seria um caminhão perfeito para aquelas localidades onde o período chuvoso era intenso. Ten TATTON, Ten PAMPLANO, CB LOREDI e CB FAÉ foram testemunhas dessa excepcional Viatura que estava em experimento. Mas com o fechamento dessa Grande Empresa ENGESA o País estagnou e suas Forças Armadas levadas a 5º Plano pelos Políticos que assumiram o Cmdo do País. Esqueceram que um Território do tamanho do Brasil e de suas riquezas necessitavam de um Força Armada atualizada com seu armamentos e Blindados etc. Infelizmente nossas FFAA foram esquecidas e ficamos a receber sucatas de outros Países. Nem munição, nem alimentação para a formação de nossos Soldados tínhamos. Vergonhoso e lamentável. Encero: “SI VIS PAÇEM, PARA BELLUM” “sE QUISERMOS A PAZ, PREPAREMO-NOS PARA A GUERRA”!

    1. Mais dinheiro no ralo… 💸 💸 💸… Esse país é uma fábrica de cobrar impostos e ao mesmo tempo é uma fábrica de jogar dinheiro no lixo… Esse é apenas um exemplo…

  2. Na hora que for utilizar pra valer essas antiguidades, de maneira severa, por longos períodos, saltam parafusos e engrenagens para todos os lados. E a fumaceira, então, já foi demonstrado no desfile da Marinha ao entregar o “convite”, quando utilizaram viaturas antigas, motores poluentes, e pelas décadas de uso, não confiáveis e obsoletas.

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