Juenil matou a mulher e o ex-vizinho do casal por suspeitar de um relacionamento extraconjugal. O caso ocorreu em 2019, no Cruzeiro Novo
Thalita Vasconcelos
O sargento da Aeronáutica Juenil Bonfim de Queiroz, 56 anos (foto em destaque), vai a Júri Popular nesta quinta-feira (2/12) pelo assassinato da esposa Francisca Naíde de Oliveira Queiroz, 58, e do Francisco de Assis Pereira da Silva, 41. O duplo homicídio ocorreu em 12 de julho de 2019, em um apartamento no Cruzeiro Novo.
Queiroz efetuou os disparos de arma de fogo contra a vítima e o ex-vizinho do casal por suspeitar de um relacionamento extraconjugal entre os dois. Contudo, Francisco namorava com outro homem.
O acusado responde por dois homicídios qualificados por motivo torpe e uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas. O crime contra a esposa também é agravado por feminicídio. O julgamento ocorre dois anos e cinco meses após o ocorrido. Desde então, Juenil está preso preventivamente.
Policiais chegaram ao local e encontraram duas vítimas. A mulher estava morta e o homem, baleado na cabeça. Francisco foi levado ao Instituto Hospital de Base (IHBDF), mas não resistiuJP Rodrigues/Metrópoles
Relembre o caso
No dia do crime, segundo depoimento de Marcelo, com quem Francisco mantinha um relacionamento há cinco anos, o sargento conversava com o casal e duas mulheres embaixo do bloco. O militar pediu para que Francisco subisse para “tratar uma questão”.
Marcelo disse que ele só subiria acompanhado. “Quando chegamos lá em cima, ele disse: ‘Vou te mostrar o que um homem faz com quem mexe com mulher casada. Ou a gente corta o pinto ou a gente tira a vida’”. Depois disso, atirou na cabeça do Francisco e deu quatro tiros na mulher”, contou Marcelo.
Segundo a testemunha, o sargento alegava ter vídeos e mensagens que comprovavam o relacionamento extraconjugal da esposa com Francisco, mas nada foi apresentado no momento da discussão. “Foi à queima-roupa. Ele deu um tiro na cabeça e jorrou sangue. É um psicopata”, lamentou o companheiro do homem.
A corretora de imóveis Marilene Macedo, 42, disse, na época, que a amiga Francisca era agredida constantemente por Juenil. “Ela já tinha pedido socorro. Nos encontramos no mercado e ela me contou que o casamento não estava indo bem, que o esposo estava agressivo. Ele é um homem obcecado e ciumento”, relatou.
O homem foi preso pela Polícia Militar logo após o assassinato. De acordo com o tenente da Polícia Militar Leandro Santos, Queiroz estava muito exaltado. Ele se entregou e confessou o crime.
Francisca e Queiroz eram casados há 32 anos e tiveram dois filhos. De acordo com um dos filho do casal, a mãe já havia registrado boletim de ocorrência contra o marido por violência doméstica.
Depoimento do sargento
De acordo com o depoimento do ex-militar ao qual o Metrópoles teve acesso na época, ele e Francisca estavam casados há 32 anos e, em 2017, contou ter descoberto que sua mulher mantinha um relacionamento amoroso com Francisco, então vizinho do casal.
Francisco relatou que após descobrir a suposta traição, teria conversado com Francisca e também avisado aos dois filhos o que estava ocorrendo. “Perante a família, ela (Francisca) prometeu não se relacionar mais com aquele homem”, contou o sargento sem seu termo de declaração.
No entanto, de acordo com Juenil, em dezembro de 2018, ele teria tomado conhecimento que Francisca continuaria a se encontrar com o vizinho e, por esse motivo, teria voltado a discutir com a esposa. O sargento revelou que em determinado momento a mulher teria confessado a ele que se encontrava com Francisco nos estacionamentos próximos ao prédio onde viviam.
Naquela ocasião, depois da briga, Francisca registrou boletim de ocorrência contra o marido. A Justiça decretou a aplicação de medida protetiva e Juenil foi obrigado a deixar o apartamento em que o casal vivia.
Após 45 dias, o casal reatou e, em abril de 2019, o sargento contou ter ficado sabendo que a mulher tinha voltado a se envolver com Francisco, o que nunca ficou comprovado.
METRÓPOLES/montedo.com
5 respostas
Vacilou e estragou a sua vida. Era só proibir que frequentassem a sua casa.
Esse não será promovido a 2S, quiçá SO, como desejam os QESA.
Vai se tratar, vc tem problemas….
Va capinar um lote.
Juenil em que papelao vc se meteu Juenil. Vc tinha até uma medalha de honra, vc colocou tudo a perder Juenil.