Militares defendem não punição de Pazuello e criticam Mourão: “Falou prematuramente”

pazuello no comício

Oficial ligado ao Palácio do Planalto sustenta que decisão de não punir general foi bem aceita internamente e descarta crise

Lourenço Flores
Logo depois da revelação da decisão do comandante do Exército, general Paulo Sérgio, de arquivar sem punição o procedimento disciplinar aberto para apurar a participação do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, em ato político com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Rio de Janeiro, em 23 de maio, um militar ligado ao Palácio do Planalto avaliou que a medida não gerará “indisciplina ou insatisfação interna”.
O oficial, falando em nome da corrente vencedora no debate interno sobre o que fazer em relação a Pazuello, não deixou de alfinetar o vice-presidente da República, o general Hamilton Mourão, que vinha deixando claro esperar que o Exército punisse a ação do ex-colega de farda, para “evitar que a anarquia se instaure”.
“O vice não tinha todas as percepções e falou prematuramente”, afirmou o militar do Exército, integrante do governo.
Segundo essa análise, embora a repercussão seja “grande na imprensa”, internamente os ânimos estariam serenados, após uma reunião do comandante Paulo Sérgio com os oficiais generais da Força feita antes da divulgação do arquivamento. “Não haverá problemas internos e sim muita especulações na imprensa para atingir o real interesse de tudo isso: atingir o presidente.”
A avaliação prossegue tendo a imprensa na mira. Para o grupo interno representado pelo oficial, “desde o início, a imprensa se adiantou em classificar o ato como político” e em sustentar que Pazuello teria transgredido um artigo do regulamento militar. Isso, contudo, segundo essa análise, teria ocorrido apenas como forma de “pressionar o Comando do Exército, criar uma narrativa factível para a população e gerar instabilidade no seio interno das Forças Armadas”.
“Não haverá consequências danosas nem politização nas Forças Armadas”, sentencia o oficial. “Nada disso vai ocorrer. As Forças Armadas estão coesas, profissionais e ‘vacinadas’ contra eessas iscas da politicagem barata que muitos fazem.”
O militar reconhece que houve corrente interna que defendia a punição ao general Pazuello, mas minimizou a força da insatisfação: “Em tudo na vida existe a divergência de percepções. Neste caso, muita gente estava sem a totalidade das informações”.
METRÓPOLES/montedo.com

13 respostas

  1. Já já começa o mínimi, dos petistas aqui infiltrados, tbm os QE Bolsonaro traidor, deixou as praças para trás na reestruturação, excelente o EB não pode ser influenciado pela mídia politiqueira.

    1. Criticar os erros desse governo não significa querer o PT de volta.

      Esse discurso simplório serve apenas para tentar judtificar os desmandos atuais.

      Em resumo: o mundo não é formado apenas por “acéfalos petistas” e “acéfalos bolsonaristas”.

      1. Tá bom. Já que vc faz parte do mundo dos acéfalos pegue um megafone e vá para as praças fazer campanha contra Bolsonaro e a favor do teu escolhido.

    2. Punir um general com mais de 40 anos dedicados a pátria porque subiu ao lado do presidente da República é forçar demais a barra, o Comandante do Exército tomou a decisão acertadamente sem se influenciar pela mídia esquerdista.

  2. O pensamento raso e acéfalo de alguns entende que “manifestação política” somente é aquela em forma de comícios em período eleitoral.

    Quanta ignorância (ou esperteza).

  3. Não sei o que é pior: o político-militar Pazuello não ser punido por ter participado de ato político, como bem está escrito no RDE; ou esse monte de fanático dessa seita chamada bolsonarismo, que acham bonito o Exército Brasileiro dar o primeiro passo para deixar de ser uma instituição de Estado e passar a ser uma instituição de Governo, seguindo os passos da Venezuela.

    É interessante ver a burrice desses fanáticos, que não têm nem a capacidade de pensar o que eles sentiriam caso isso que aconteceu fosse na época da Dilma ou de Lula – ou seja, será que eles achariam bonito um general esquerdista da ativa (coisa que certamente existia e existe) subindo em um carro de som juntamente com figuras como Lula, Dilma, José Dirceu, Boulos e/ou Stédile.

    A direita não é Bolsonaro e Bolsonaro não é a direita – até porque, se fosse, jamais teria nomeado um petista para o cargo de PGR, muito menos um petista para Ministro do STF. A direita não precisa apoiar um regime totalitário para ser direita. Criticamos tanto a esquerda por ser baseada em regimes ditatoriais, como podemos aplaudir Bolsonaro por estar dando vários passos nesses mesmo sentido?

    1. Dessa forma vc deve ser um fanático que tem a capacidade de pensar. Talvez seja defensor do Barroso, do Santos Cruz, sei lá. Criminosos também pensam! Pensar é um atributo desenvolvido pela espécia humana. Instinto pertence mais aos animais. A maioria dos seres humanos perderam seus instintos. Por isso Bolsonaro é um animal politico.

    2. Excelente comentário. A grande maioria dos meus colegas de farda são exatamente isso. Um bando de acéfalos. Acham o cúmulo um Of/Sgt Temporário, cabo ou soldado entrar na justiça para voltar por problemas de saúde, como problemas mentais, mas seguem uma pessoa que fez exatamente isso há anos atrás.

  4. “Oficial ligado ao Planalto…”. Hummm. E os oficiais não ligados ao Planalto? Quero ver ano que vem milico subindo em palanque. O que o Exército vai fazer se o Gen Pazuelo for preso na CPI? Vamos ficar ofendidinhos?

    1. Eu quero ver em 2022 os militares candidatos ao Senado, Câmara Federal, Estadual e Distrital, Governadores e Presidente como farão suas campanhas politicas e em quais palanques. Só aqui é que uma CPI, presidida por estelionatários e corruptos prospera. Depois dirão que é golpe!

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