Folha manipula, omite e distorce ao dizer que hospitais militares estão ociosos, diz Defesa

Soldado foi baleado no quartel na manhã do domingo (24) — Foto: TV Globo/Reprodução

O paciente passou por uma cirurgia que durou mais de três horas

Nota de esclarecimento: matéria da Folha manipula, omite e distorce ao dizer que hospitais militares estão ociosos

Brasília(7) – O Ministério da Defesa (MD) informa que a matéria “Hospitais das Forças Armadas reservam vagas para militares e deixam até 85% de leitos ociosos sem atender civis“, publicada em 6 de abril, no portal da Folha de S. Paulo, contém graves manipulações, incorreções, omissões e inverdades, que levam o leitor à completa desinformação.
Ao contrário do que induz o título da matéria, a grande maioria dos hospitais militares está com quase todos os leitos de UTI ocupados. Na realidade, muitos hospitais militares têm frequentemente removido pacientes para outras regiões para evitar o colapso. Assim como os hospitais civis, a situação varia de acordo com cada região. Os números são críticos e evoluem diariamente.
A reportagem deliberadamente usou dados de hospitais pequenos, com poucos leitos, recursos limitados e de alguns que sequer possuem UTI.
No caso do Exército, a matéria afirmou que os leitos clínicos estão ociosos nos hospitais em Florianópolis-SC, Curitiba-PR, Marabá-PA e em Juiz de Fora-MG. No entanto, a reportagem omitiu que os leitos de UTI, dessas mesmas unidades, estão totalmente ocupados. No Paraná, no Pará e na Zona da Mata Mineira a ocupação é de, respectivamente, de 117%, 133% e 500%. Em Santa Catarina, não há leitos de UTI.
No caso da Força Aérea, o Esquadrão de Saúde de Guaratinguetá, também alvo da reportagem, está instalado dentro de uma escola de formação da FAB. Ele possui sete leitos de enfermaria Covid-19 para atender 3.000 militares, sendo que desse total 1.300 alunos estudam em regime de internato. Já os esquadrões de saúde de Curitiba-PR e de Lagoa Santa-MG possuem, respectivamente, seis e 13 leitos de enfermaria. Ressalta-se que essas unidades não dispõem de estrutura para internação de longa permanência e também não possuem disponibilidade de UTI.
A matéria mostra ainda todo o seu viés, tendencioso e desonesto, ao mencionar que as Forças Armadas “contrariam os princípios da dignidade humana e violam o dever constitucional do Estado de oferecer acesso à saúde de forma universal”. O jornalista deliberadamente ignora e omite todas as ações que as Forças Armadas vêm realizando há mais de um ano, em apoio abnegado à população brasileira, desde o início da pandemia.
O sistema de saúde das Forças Armadas possui caraterísticas específicas para atender militares que estão na linha de frente, atuando em todo o território nacional, nos inúmeros apoios diuturnos, como transporte de material, insumos, e, agora na vacinação dos brasileiros. A reportagem omitiu também que os hospitais militares não fazem parte do Sistema Único de Saúde (SUS) e que atendem 1,8 milhão de usuários da família militar (militares da ativa, inativos, dependentes e pensionistas), em sua maioria idosos, que contribuem de forma compulsória todos os meses para os fundos de saúde das Forças Armadas.
Mesmo com seu sistema de saúde fortemente pressionado, com carência de recursos e de pessoal, os profissionais de saúde militares também estão fortemente engajados nas Operações Covid-19 e Verde Brasil-2. As Forças Armadas seguem atendendo à população civil, especialmente as comunidades indígenas e ribeirinhas, tanto na Amazônia como no Pantanal, realizando evacuação de pacientes nas regiões mais críticas, transportando toneladas de oxigênio, medicamentos e suprimentos, transportando, montando e operando hospitais de campanha, além de, em parceria com a academia e com a indústria, fabricando respiradores.
Apesar de os dados do HFA e dos hospitais militares estarem disponíveis para acesso público na internet, a matéria insinua que há falta de transparência. Mesmo após a pasta ter respondido a todas as informações solicitadas dentro do prazo acordado, a reportagem ignorou que os leitos dos hospitais são operacionais e de alta rotatividade. Logo, ocupados tanto por pacientes com Covid-19, quanto por pacientes oncológicos e em pós-operatório.
Este Ministério sempre se colocou à disposição para informar e responder prontamente a todos os questionamentos demandados por esse veículo no que tange ao combate à Covid-19. Entretanto, a reportagem optou por buscar um viés claramente negativo em um assunto de tamanha relevância para a sociedade brasileira neste momento em que todos os esforços estão concentrados no combate ao novo coronavírus.
O MD lamenta que assunto de tamanha gravidade seja objeto de matéria que induz a sociedade brasileira à desinformação.
Reiteramos que as Forças Armadas atuam na atual pandemia, com extrema dedicação, no limite de suas capacidades, sempre com total transparência e prontidão, preservando e salvando vidas.
Centro de Comunicação Social da Defesa (CCOMSOD)
Ministério da Defesa

13 respostas

  1. Bonito esclarecimento do MD. Entretanto, todavia, contudo, do que adianta fazer nota de esclarecimento que somente será lido (talvez) pelo público interno das FFAA?

    O MD deveria entrar na justiça e pedir direito de resposta na própria folha de São Paulo, exigindo que essa nota fosse publicada pelo jornal.

    1. TEM QUE RESPONSABILIZAR ESSAS FONTES MENTIROSAS POR DIVULGAR MATERIAS MENTIROSAS. ESSES FONTES SÓ EXISTE, PORQUE TEM IDIOTAS PRA ASSINAR E LER.

  2. Omitem tb que veteranos e familiares pensam em POLICLINICAS e hospitais, embora cuidados com extremo rigor, carecem de médicos, enfermeiros e pessoal nas mais diversas funções e que só funcionam na base do “aperto e muitos profissionais dizem ” que é assim mesmo, sem perspectiva”..ESQUECAM REPORTAGEM NOMAR, DEFESANET, CLUBE MILITAR….vao para as filas de atendimento e constatem

  3. Podem copiar e colar essa matéria todos os dias pois todos os dias vai ter ataques. Direito de resposta tem quer dado dentro do próprio jornal que falsificou a informação, além de processo judicial. Essas notas de esclarecimento tem que ser de grande alcance nacional. e em inglês também, para os olheiros, e para as embaixadas no Brasil para que todo mundo saiba.

    1. Exatamente, concordo plenamente. Quem lê essa nota? De que adianta publicar isso, que só nós militares (e olhe lá) ficamos sabendo, se o jornal que espalhou a mentira tem um alcance infinitamente maior? Com todo respeito, essas notas e nada dão no mesmo perante ao todo da sociedade.

  4. É por conta deste divórcio com a verdade que a Folha viu despencar a sua vendagem em banca e o número de assinantes.
    A perda de credibilidade da Folha fez sua tiragem cair de um milhão de exemplares para os 40 mil de hoje.
    Se continuar com esta conduta, muito em breve vai se juntar a Ultima Hora e ao Jornal do Brasil.

  5. Pensando bem, até consegue-se ver alguma veracidade na reportagem. Veja bem: os hospitais das FA e Postos Médicos de Guarnição não gostam nem de buscar pacientes com dificuldades de locomoção, nas suas residências! Só levam, para ficar livres deles!

  6. Nada, absolutamente nada que essa PORCARIA publica é verdadeiro. O MD deveria exigir direito de resposta a esse LIXO, que integra o consórcio do mal de veículos de imprensa.

  7. Eu prefiro acreditar que um “traque” cause um Tsunami que em matéria da Folha. Folha tão útil quanto uma “folha seca” caída no chão!

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