Número de militares e policiais candidatos a prefeito é o maior em 16 anos

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Postulantes aos Executivos municipais com esse perfil são 371 neste ano; entre vereadores, aumento é menos expressivo

SÃO PAULO
Bruno Lee
Guilherme Garcia

Na primeira eleição após a chegada de Jair Bolsonaro (sem partido) ao Planalto em meio a uma onda conservadora, o número de policiais e militares que concorrem ao cargo de prefeito atingiu o maior patamar em 16 anos.
Dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) mostram que, neste ano, 371 bombeiros militares, policiais militares e civis e militares reformados tentam uma vaga nos Executivos municipais em todo o país. Em 2004, eram 143 (aumento de 61%); há quatro anos, 178 (aumento de 52%).
Policiais militares são quase metade do grupo (193). Um dos exemplos é a delegada Geolize Telles (DEM), que concorre em Aracaju. Ela escolheu o coronel da PM Péricles Menezes para ser vice. Ao menos cinco chapas nas capitais serão formadas só por profissionais da segurança.
Os militares reformados, como Bolsonaro, são o segundo maior bloco do conjunto (99).
O PSL, partido pelo qual o presidente se elegeu em 2018, lançou o maior número de postulantes policiais ou militares, 54. Em seguida, aparecem Patriota (25), PL (23) e Podemos e PP (ambos com 22). As legendas de esquerda apostam menos neles: PDT tem 13; PT, 12 e PSB, 9.
Entre os estados, São Paulo é o que tem mais concorrentes com essa formação, 59. Minas Gerais (49), Paraná (23), Bahia (22) e Goiás (21) completam o topo da lista.
Na comparação com outros estados, o Ceará fica para trás, com 15 candidatos a prefeito. Mas é de lá que vem um dos nomes de mais destaque na ascensão desse perfil no mundo da política.
Deputado federal mais bem votado do estado em 2018, o policial militar Capitão Wagner (PROS) concorre à Prefeitura de Fortaleza pela segunda vez como principal nome de oposição ao grupo do governador Camilo Santana (PT) e dos irmãos Ciro e Cid Gomes (PDT). Com ascensão meteórica após liderar o motim da PM em 2011, ele tem a segurança pública como prioridade.
Já entre os candidatos a vereador, o aumento foi menos expressivo. Neste ano, são 5.810 postulantes desse perfil, contra 5.488 em 2016, crescimento de pouco menos de 6%.
De novo, o PSL é o líder (511), seguido por Republicanos (382), PSD (380), MDB (360) e PP (348). O ex-partido de Bolsonaro é dono da segunda maior fatia do fundo eleitoral, usado para bancar as campanhas, com R$ 199 milhões.
FOLHA DE SÃO PAULO/montedo.com

5 respostas

  1. Os jornais esquerdistas estão com medo das mudanças políticas no Brasil! Mais de 30 anos de governos civis e o Brasil continua miserável, desigual, violento e imerso em uma corrupção endêmica! O povo está cansado dos velhos políticos ladrões que tanto agradam, com dinheiro, parte da imprensa! Os militares chegarão, cada vez mais, ao poder, pelo voto! Estas eleições vão mostrar uma solene derrota dos esquerdistas corruptos na maioria das grandes cidades brasileiras!

  2. PRAÇA VOTA EM PRAÇA.
    Onde tiver um oficial, seja ele de qualquer partido ou cargo será boicotado pelos praças.
    Cuidado com os subtenentes e do EB. Depois que ganham eles esquecem que um dia foram praças e esquecem também dos seus irmãos que lhe ajudaram em suas campanhas.
    Uma vergonha, mas é a pura verdade.
    Só querem saber dos OFS.

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