Mais de 80 armas desviadas do Exército são apreendidas em sede de empresa que pertence a PM do Rio

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Armamento apreendido em operações policiais seria desviado e vendido a colecionadores e clubes de tiro, de acordo com a investigação.

Bette Luchese e Leslie Leitão, RJ2
Uma operação da Desarme, da Polícia Civil do Rio, do Exército e do Ministério Público Militar apreendeu 83 armas em um endereço na Taquara, na Zona Oeste do Rio, nesta sexta-feira (31).
O imóvel é a sede da Guardian Segurança Vigilância, que pertence ao major da reserva da Polícia Militar Álvaro Fernandes Sabino. O RJ2 não conseguiu contatá-lo. Ele será intimado a depor.
Segundo os investigadores, algumas das armas foram apreendidas pela Polícia e tinham sido encaminhadas para o Exército para serem destruídas. Entretanto, elas acabaram “requentadas’ e foram vendidas a colecionadores e clubes de tiro.
“Armas que eram encaminhadas pro Exército para destruição acabavam voltando às ruas sem ser destruídas. A pessoa que adquire essa arma que deveria estar destruída é receptador”, afirma o delegado da Desarme, Rodrigo Coelho.
A operação foi o desdobramento de uma outra ocorrida em abril do ano passado, quando o tenente-coronel do Exército Alexandre de Almeida foi preso. Ele era o responsável pela fiscalização de armamentos no Rio e no Espírito Santo.
Entre as armas, algumas de grosso calibre: espingarda, rifle e até uma submetralhadora com silenciador, além de pistolas, revólveres e munição.
Havia também armas de uso restrito como munição de fuzil, silenciadores, carregadores com capacidade acima de 20 balas e armas sem numeração.
G1/montedo.com

6 respostas

  1. Guardei a Tua Palavra no meu Coração para não pecar… Salmos 119 . 11. Meditar em um versículo mudaria todos estes fatos relatados na matéria. Deus tem uma Obra pra fazer na nossa vida, precisamos crer… Paz amigos.

  2. Veem-se muitas armas novas sendo destruídas pelo EB que poderiam ser úteis às forças de seguranças, isto evitariam esses desvios. O coronel do EB deve ter observado e não concordou em ver essas coisas acontecendo e viu uma forma de ganhar um dinheiro, mas é ilícito fazer uma coisa desta. Porém, ele pelo menos se preocupava em não repassar a traficantes, menos mal! Mas, pela lei brasileira, foi pior que passar para o tráfico, porque lá as Polícias não têm coragem de buscar essas armas, com isto seria difícil concluir o inquérito.

    1. Qualquer pessoa que compra qualquer coisa é receptador. Nesse caso, foi compra ou recebimento ilegal, fora dos protocolos. Penso que, como há equipamentos de valor, em lugar de destruir, terminado o inquérito, esses equipamentos deveriam ir a leilão para que pessoas habilitadas pudessem adquiri-los. Menos mal e mais renda para o Estado.
      Isso é semelhante àqueles caminhões e tratores de alto poder aquisitivo que o IBAMA destruiu após apreendê-los em operações não autorizadas de cortes de florestas.
      Quem mora nas cidades, onde as florestas foram destruídas, fazem questão de preservar onde “os outros” querem morar ou produzir alimento. Enfim, ninguém planta no asfalto!

  3. Mas eu sei que o porquê dessas armas não serem reaproveitadas para as forças de segurança é o fato de que, com isto, não haveria como alguém ganhar muito dinheiro com propinas quando nos atos das compras.

  4. Já se sabe à tempos que grande parte do armamento de posse de traficantes no RJ, provém de “roubos” em empresas de segurança de propriedade de militares. Só em 2015, ocorreram 415 roubos ou extravios de armamentos e em 2016 a PF levantou um total de 17.662 armas extraviadas de tais empresas. São apenas negócios…

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