Suicídio nos quartéis: precisamos falar sobre isso

img_id8326381t1506627215537

QG do Exército iluminado em apoio ao ‘Setembro Amarelo’ e ao Programa de Valorização da Vida (PVV)

Imagem; EB

25 respostas

  1. Alguns suicidios a imprensa publica, mas muitos e muitos casos não tomamos conhecimento e esse espaço que omentamos, poderia ser utilizado para os militares de qualquer OM dizer: AQUI NA OM TLA TEVE O SUICIDIO DE ….

    Mas a frouxidão, medinho prevalece. Qual o problema do militar dizer anonimamente ????

  2. O Blog ja publicou dezenas de suicidios que a imprensa teve conhecimentos, mas e os casos que não souberam ?

    Coloque a palavra chave SUICIDIO e verão tantos e tantos casos aqui.

    Muito triste.

  3. Vida militar realmente não é nada fácil. Trabalho na administração de uma unidade, e só Deus sabe como é a vida de quem trabalha nesses setores. Toda hora troca de função, muita gente desqualificada, cmt achando que qualquer um dará conta do recado em qualquer função, tendo que fazer as coisas tudo para "ontem", sem planejamento de nada, sem tempo de se atualizar em cursos e estágios (toda hora muda-se a legislação brasileira e acabamos ficando para trás). Depois vem MP, TCU, ICFEx, FBI, CIA, todo mundo ti condenando, tendo que pagar multa, responder inquérito, ficar subjudice etc. Muitos realmente fazem coisas para se beneficiarem, porém muitos tomam medidas sob pressão do comando e depois são responsabilizados por achar que aquela atitude iria beneficiar o quartel. Infelizmente, isso ocasiona desastres como o suicídio e outros males para a vida da família militar. E não venham dizendo que são só praças que passam por isso, pois sou oficial e isso é uma realidade em todos os postos e graduações.

  4. Na minha unidade temos varios casos de sgts com depressão e já tivemos CASOS de suicidio, um há não muito tempo. Como também trabalho na adm da minha unidade, assino em baixo o que o companheiro disse aí em cima e ressalto: militar, por diversas formas e razões, é induzido a pensar que as pessoas não importam. Eu mesmo conto os dias para a reserva, cada dia fardado representam outros dez dias da minha vida. Tenho certeza que para onde vou, na reserva, terei o respeito que a minha capacidade vai saber impor. Para os que ficam, torço para que a força um dia implemente uma efetiva política de capacitação e de valorização dos seus profissionais.

  5. Na minha unidade temos varios casos de sgts com depressão e já tivemos CASOS de suicidio, um há não muito tempo. Como também trabalho na adm da minha unidade, assino em baixo o que o companheiro disse aí em cima e ressalto: militar, por diversas formas e razões, é induzido a pensar que as pessoas não importam. Eu mesmo, conto os dias para a reserva, cada dia fardado representa outros dez dias da minha vida. Tenho certeza que para onde vou, na reserva, terei o respeito que a minha capacidade vai saber impor. Para os que ficam, torço para que a força um dia implemente uma efetiva política de capacitação e de valorização dos seus profissionais.

  6. Acender uma lâmpada amarela e ver meu sub cmte gritando com militares com mais de 20 anos de serviço, não ajuda muito. Na verdade, não ajuda nada.

  7. esudiosos do assunto afirmam que publicar casos de suicidio fomentam a coragem e de certo incentivam outras pessoas a cometê-lo…Nao é publicando atos de suicidio que se resolvem os problemas, mas com acoes especificas combatentendo as causas que os motivaram..

  8. Infelizmente o maior problema é o preconceito, quando o militar procura ajuda psquiatrica ou psicológica é taxado imediatamente de golpista pelos próprios pares. Tenho 15 anos de serviço e passei por episódio depressivo grave e hoje após meses de tratamento retomei o trabalho, mas sou visto com desdém pelos meus pares que nada sabem sobre o sofrimento e angústia que passei junto a com a minha família, aos companheiros que tem algum problema de saúde de ordem emocional fica a mensagem não tenham medo ou vergonha de procurar ajuda,sua vida e a sua felicidade valem mais do quê a opinião que alguns farão sobre vc.

    1. Passei por isso companheiro! Só posso te dizer levanta a cabeça e segue em frente. Poucos amigos e familiares somente vão estar do teu lado e compreender VC. Balela esse setembro amarelo! Todos nós sabemos que no EB o setembro é vermelho.

  9. O pior suicídio que existe na Força é o suicídio moral. O suicídio físico é a última instância de um processo de violência simbólica, assédio moral e abuso psicológico. Sem uma carreira digna, sem um salário à altura das grandes responsabilidades, sem o reconhecimento dos comandantes e o que é pior, quando passamos para reserva, nos tornamos invisíveis até pelos seus pares.
    Na reserva, quando você chega num hospital militar para ser atendido, ou mesmo numa OM para apresentar-se uma vez por ano, a sensação é de que somos um paisano, somos tratados com indiferença e até mesmo com desdém.
    Não sei como muitos ainda se submetem a retornar como PTTC, sendo alvo de escracho, desdém, deboche e risinhos e comentários e apelidos depreciativos, como "vampiro" etc…

  10. O cidadão e transferido para Brasília sem PNR, VOLUNTÓRIO. Como acontece.
    O militar e transferido para Brasília e no mesmo ano revoga a transferência dele, 2016. Não tinha condição de permanecer na OM anterior falta de vaga, foi oferecido um plano após o difícil recompletamento em 2016. O militar tinha ficado alguns anos tentando sair de difícil recompletamento iriam devolve-lo.

    Não pode ficar na OM, Difícil recompletamento de novo ou Brasília sem PNR?

    Assim e produzido o VOLUNTÓRIO.

    E para ajudar ainda tiraram uma parte do trânsito do militar, em Brasília.

    A legislação prevê o trânsito, porquê tiraram, com uma ordem verbal?

    Se o militar participa do Plano de movimentação, porque no mesmo ano da transferência dele e revogado? E oferecem opções após o difícil recompletamento no mesmo ano?

    Porquê não pode aguardar o recurso na OM anterior, ordem verbal?

  11. Na minha OM, 2° BIL teve o suicidio de um Subtenente em fevereiro deste ano, triste a situação e o clima na OM depois de um fato deste fica pesado e triste. Um militar sereno, otimo militar e não aparentava problemas profissionais e nem familiares, derrepente a noticia, foi um choque a todos.
    Precisamos refletir, aproveitar as horas vagas, se divertir e saber separar os problemas e desabafar os problemas.
    Esta mais que na hora do EB fazer um programa de prevenção ao suicidio serio e urgente.

  12. A Força sempre negligenciou seus recursos humanos, querem, exigem dedicação total a Pátria, mas de nada retribuem a família militar essa dedicação. Temos o pior salário do funcionalismo público, somos transferidos por capricho e de forma aleatória, com a desculpa de vivência nacional, não temos direito a uma moradia digna, nem o de acumular patrimônio. Hoje, na reserva, após 30 anos me dedicando inteiramente ao serviço da Pátria posso ver que cometi um grande, um enorme erro. Hoje meus familiares me jogam o tempo todo na cara, que fui um pai de família omisso,sem tempo para a família, minha mulher dúvida que eu realmente trabalhava em regime de horário escravo e ainda me chama de infiel, por eu chegar todos os dias muito tarde, não culpo ela por isso, acho que eu tbm duvidaria. Meu filho em qq oportunidade me chama de pai omisso, nunca presente e preocupado apenas com o trabalho. Enfim, é isso que vivemos na reserva. Aí eu pergunto, pq a maioria dos militares na reserva entram em depressão. Não é saudade do trabalho não e sim a falta de paz e harmonia em seu lar na aposentadoria. Assinado: Subtenente frustrado na profissão, péssimo e omisso pai de família, Brasil acima de tudo.

    1. O suicídio começa quando colocam comandante e subcomandante incapazes de enxergar além do seu umbigo! Sem o mínimo tato para perceber no subordinado a necessidade de ajuda. A primeira visão é do golpe e a segunda é que quem não está contente pede para ir embora! Ficam na frente do quartel vendo quem chega um minuto atrasado mas esquecem de perguntar quanto tempo fica além do expediente cumprindo missão. Sai para lá com esse papinho besta de amarelo verde limão! Bando de hipócrita!

    2. Companheiro, concordo com todas as suas palavras.. mas tenha força e fé em Deus. Eu também sofri muito, no final de carreira fui humilhado, desprezado por um CMT e scmt que não são referências pra nada.

  13. Existe um suicídio mais doloroso que outros, e o suicídio moral de uma geração acovardada, omissa,tergiversadora. Ver a população morrer em numero maior pela violência do que por uma guerra; ver pessoas morrerem pela falta de atendimento ou remédios nos postos de saúde; a criação de deuses vivos em carreiras de Estado; o crime em todas as suas esferas e ramificações se retroalimentando, sugando as forças de uma nação cambaleante e desiludida; o patriotismo falado em voz baixa, obsceno, risível; o glamur, a lascívia,a obscenidade viral gritada a toda voz fazendo eco na sociedade de mortos vivos, como que numa imensa cracolândia.

  14. Suicídio e a escala de serviço 5×1 e as missões uma em cima da outra e o contra cheque que nunca muda, e os cmts fazendo churrasco todos os meses

  15. Os apátridas que tiveram de vir para Brasília sem PNR e trânsito de 30 dias conhecem as situações acima.

    Revoga transferência em novembro, e manda se virar para começar a trabalhar em fevereiro.

  16. Como bem frisado por um companheiro nos comentários, o pior suicídio é o moral onde vc após longos anos de caserna, uma vida dedicada a Pátria e de repente vc é acometido por uma doença que te impossibilita de exercer atividades físicas tais como: marchas, formaturas, serviços e outras missões que necessitem de um militar "perfeito". No ano de 2010, após a terceira cirurgia que fiz no joelho fui acometido de uma infecção hospitalar onde passei 8 meses com o joelho aberto e correndo o risco de uma possível amputação, vários "pseudos amigos" foram me visitar, todos eu creio com doutorado em medicina onde levavam o boletim diário para um subcomandante prepotente, autoritário e babaca, que inclusive marcou uma audiência com o médico que me operou e repassou todo o meu drama a ele. Mas, insensível a situação por eu não compactuar com coisas erradas, até mesmo ilícitas e não me juntar para tomar cachaça com ele, me estuprou moralmente. Fui chamado de vagabundo, acochambrador, safado….Isso doeu e dói até hoje na alma… Pensei em fazer uma besteira…Até cheguei a pegar um FAL e municiar, mas graças a Deus e a minha família, dei última forma. Fui transferido pro Paraná e com poucos meses fui julgado incapaz para o serviço ativo do EB, confesso que não era a minha intenção mas creio que Deus tem um plano para cada um aqui na terra. Com esse desabafo, tento me libertar das palavras que até hoje pesam sobre mim, alertar aos companheiros que antes de julgar, se ponha na situação do outro. As críticas destrutivas destroem bem mais do que vcs imaginam… Peço desculpas pelo desabafo…. Abraços, ST MB Rfm

  17. Campanha para quem?
    O praça deveria se aposentar no máximo com 20 anos de serviço.
    Observem a minha situação: Subtenente entrando em forma na Companhia, o Aspirante comandando, tropa somente com 3º Sgt e Cb e Sd, todos jovens.
    Tudo normal. O treinamento também.
    Se adoecer vira vagabundo.

  18. Vou dar uma dica de militar da reserva, senhores, essa história de dedicação total a Pátria é balela. Deu o toque de ordem, vai para casa. Tem que fazer o mesmo que um jogador de futebol fazia: eles fingem que me pagam e eu finjo que trabalho, é por aí. E vida que segue.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo