Exército põe fim ao ‘vazio cartográfico’ no Amapá

Exército conclui primeira fase da Base Cartográfica do Amapá
A Diretoria do Serviço Geográfico do Exército já concluiu a primeira fase do projeto Base Cartográfica Digital Contínua do Estado do Amapá. Nessa etapa o trabalho se concentrou na captação de imagens fotográficas e de radar de toda a área do Estado. O projeto de mapeamento está sendo executado através de um convênio entre o Governo do Amapá e o Exército.
Com a parte de captação de imagens concluída, os técnicos do Exército vão trabalhar na coleta de informações de campo, que vão subsidiar a confecção dos mapas. Os primeiros resultados do projeto estão previstos para serem apresentados em dezembro deste ano. A fase de processamento das imagens de radar na escala 1:25.000 está concluída. A finalização do processamento das imagens na escala 1:50.000 está prevista para o mês de abril de 2016. Mas a conclusão total do projeto está prevista para 2017.
Vazio cartográfico
Os órgãos responsáveis pelo mapeamento oficial do Brasil, como IBGE e o próprio Exército, consideram o Amapá como “vazio cartográfico”. Isso significa que as informações cartográficas oficiais do Estado são insuficientes, ou seja, cobrem apenas uma pequena parte do território e com informações defasadas.
O convênio entre o Governo do Estado e o Exército vai sanar este vazio e gerar informações que sirvam à gestão do território. O projeto prevê um banco de dados geográfico associado às informações geoespaciais, com o objetivo de prover suporte ao monitoramento e planejamento das atividades existentes e investimentos futuros.
A Base Cartográfica é financiada pelo Governo do Amapá e executado pelo Exército Brasileiro, que trabalha com tecnologia de alta precisão para mapeamento das áreas urbanas e florestais, através de sobrevoos e incursões terrestres nos territórios dos 16 municípios do Estado. Na figura ao lado, pode ser verificada as áreas correspondentes ao mapeamento na escala 1:25.000 (verde) e 1:50.000 (amarelo).
O custo total para implementação do projeto é de R$ 30 milhões, já incluindo novo convênio com o Exército para mapeamento detalhado de todas as sedes municipais, e convênio com o IBGE para adensamento e revitalização das Redes Geodésicas do Estado. A expectativa é que o mapeamento nas escalas 1:25.000 e 1:50.000 seja totalmente concluído em 2017.
Através do projeto, o Exército fornecerá ao Estado imagens de radar, fotografias aéreas, modelo digital do terreno (MDT), modelo digital de superfície (MDS), dados sobre a altura da vegetação, mapas topográficos e base cartográfica vetorial, que é o principal produto a ser gerado com a conclusão do projeto. Esta base abrange informações sobre hospitais, escolas, rede de abastecimento de água e energia, agricultura, estabelecimentos comerciais, industriais e muito mais.
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA) e a Secretaria de Estado do Planejamento (SEPLAN) trabalham em conjunto para instituir o Comitê Estadual Permanente de Geoinformação, para elaboração do Plano Cartográfico Estadual, o qual definirá os meios de armazenamento, distribuição, atualização e manipulação dos dados.
De acordo com o secretário do Meio Ambiente, Marcelo Creão, a Base Cartográfica do Amapá será a mais precisa do Brasil, e as informações geradas trarão retorno econômico ao Estado, pois o conhecimento do território propiciará gestão e planejamento mais eficaz. Os produtos gerados estarão acessíveis a partir do banco de dados geográfico do Estado, tornando possível a obtenção das informações pela internet, sem a necessidade de visita aos órgãos do Estado. A Base Cartográfica irá conter dados precisos sobre o terreno e cobertura vegetal, permitindo a obtenção de importantes informações sobre pontos de alagamento, previsão de enchentes, construção de estradas, pontes e outras grandes obras de infraestrutura. No aspecto ambiental, o projeto auxiliará o Estado no controle e fiscalização de parques, reservas, recursos naturais e áreas degradadas ao longo dos rios (APP), nos Planos de Gestão Ambiental, no acompanhamento de desmatamentos e queimadas, na definição da potencialidade de uso do solo para a produção agrícola e pecuária, no Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), e no Zoneamento Rural e Florestal.
Agência Amapá/montedo.com

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