A palavra dos soldados que não falam.

Domingos Martins Jr*
Sabe, eu fico aqui pensando sobre coisas do passado e do querido presente. Não sou um especialista ainda na área, mas estou em caminho para tal, mas não importa. Nem me venha com o julgamento político de esquerda nem de direita, mas pense no ser humano em si, você que lê isso aqui.
Isso não valerá muito para muitas pessoas, mas mesmo assim não custa pensar. Todos somos bombardeados de multimídias sobre guerras e coisas relacionadas. Mas venho aprofundar filmes sobre a Segunda Guerra Mundial, como especificação da minha opinião.
Eu acho realmente incrível a capacidade dos países com a cisma patriótica de fazerem filmes relatando seus antepassados que lutaram pela seu povo. É uma adoração, é uma paixão e é principalmente, uma lembrança dos que se foram!
Me desculpem se acham que tem ideologia e mimimi, sei que há a construção imagética de personagens e acontecimento, mas poxa, os caras não estão “mortos”. Sempre são lembrados pelo povo! Nos EUA, por exemplo, os combatentes da Segunda Guerra Mundial são conhecidos como “The Greatest Generation”. Me desculpe novamente, mas é lindo de ver como a memória não morreu. Está explícito na mente das pessoas, da mesma forma como está nos livros de história.
Mas agora fazendo uma pequena transferência de localidade e tempo. Vamos ao Brasil. Não, não me venha com julgamento prévios de que irei fazer a fútil comparação de que EUA é melhor que Brasil e afins, pois é realmente difícil comprar por uma questão de uma infinitude de variáveis. Não há melhor, nem pior, mas sim diferentes nações.
Voltando… Não vejo, como estudante de história, uma grande valorização dos nosso heróis da F.E.B. na Segunda Guerra Mundial. Se você perguntar para as pessoas sobre a FEB, uma minoria saberá do que se trata! Os soldados brasileiros que lutaram bravamente na Península Itálica na Segunda Guerra Mundial, mal são lembrados! Se queremos alguma valorização no nosso país, e que pare esse senso comum de que o Brasil não presta, devemos primeiramente voltar e ver nossa história. Ver os homens que lutaram bravamente pela pátria! Essas são pessoas para não serem esquecidas. Os pracinhas que não temeram ir para a guerra para defenderem seu povo do “inimigo”.
A mesma situação se encaixa para os soldados da Guerra do Paraguai. Diferentemente da F.E.B., as pessoas reconhecem até, mas não sabem quem foram os atores nas frontes de batalha. Onde está o nome desses heróis? Mal nos livros de história aparecem. Só apresenta quem comandou, não quem lutou lá e sentiu na pele, e por fim, faleceu sem ser valorizado.
Como disse, não quero liderar movimento direita ou esquerda nesse texto, mas sim, fazer você que lê, questionar-se sobre quem morreu e nem é lembrado. Sobre quem deu a cara a tapa para defender o país.

“Heróis esquecidos…
 Nomes mal lembrados…
 Não deixemos o tempo corroer a memória.
 Não deixemos a história morrer.”

* Estudante Universitário do Curso de História da FURG (Universidade Federal do Rio Grande).
PORTAL FEB/montedo.com

3 respostas

  1. Parabéns Domingos por seu texto lúcido, na busca de valorização desses heróis esquecidos. A tendência hoje é colocar tudo dentro do viés político, mas a grandeza da missão desses nossos soldados vai muito além desse enfoque. É animador ver que em meio à grande massa que apenas repete às ideias de outros, existem jovens com pensamento crítico e capacidade de posicionar-se ante assuntos como este. O Brasil ainda tem jeito.

  2. Parabéns, Domingos. Suas palavras me ventilaram um fôlego alegre de esperança de que nem tudo está perdido nessa juventude brasileira, que tanto tem sofrido com os desencantos e os maus exemplos. No seu curso de História, você será certamente bombardeado com muitos factóides da esquerda inconformada, que ainda contamina as instituições de ensino neste país. Frequentando ambientes do meio militar (ainda que virtuais), você será igualmente bombardeado com propaganda (ou contrapropaganda, conforme preferir), de gente que viveu o "outro lado" da estória e agiu com seus motivos e razões face às crises e desafios do caminho. Digo-lhe sem medo de errar: Não acredite de pronto em nenhum dos dois lados. Vá às fontes, pesquise, ouça e desenvolva o espírito crítico. Analise o que as pessoas DIZEM, em relação ao que elas FAZEM, tanto nos tempos passados como nos atuais. Aí sim, você poderá fazer um juízo isento e mais próximo da realidade, da "verdade" tão vilipendiada e pretensamente reescrita dos dias atuais. Boa sorte, jovem estudante! E que o futuro lhe reserve somente vitórias e coisas boas.
    Um abraço, feliz Natal e um ótimo 2015 para todos nós.

  3. Parabéns Domingos por seu excelente texto em prol da manutenção de nossa história.
    Se todos o brasileiros pensassem assim seriam dignos de serem chamados de PATRIOTAS.
    Mas na real é bem diferente principalmente por quem deveria lutar para manter nossa história viva. Cito como exemplo a "proibição de se comemorar nos quartéis a data de 31 de Março", momento histórico brasileiro. Há falta de comandante nessa nau a deriva.
    Se nem os ATIVOS são lembrados por quem de obrigação e direito, que dirá dos nossos heróis da 2a Guerra ou a da Tríplice Aliança! Não há interesse pelos chefes pois gera gastos, aborrecimentos, etc… e por ai vai Lamentável !

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