Aspirante da Marinha morre após passar mal em treinamento no Rio

Jean Maroto Caleb Sousa estava na UTI do Hospital Naval Marcílio Dias.
Amigo diz que jovem passou por exercício com a presença de gás.
Jean Caleb Maroto de Sousa participou de treinamento no dia 5 (Foto: Reprodução/TV Globo)
Jean Caleb Maroto de Sousa participou de treinamento no dia 5 (Foto: Reprodução/TV Globo)
Do G1 Rio
O aluno da Escola Naval Jean Caleb Maroto Sousa, de 22 anos, morreu neste sábado (24), após ser submetido a um treinamento na Base de Fuzileiros Navais, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio, no dia 4. O aspirante estava internado na UTI do Hospital Naval Marcílio Dias. A informação é do Comando do 1º Distrito Naval do Rio.
Uma das etapas do exercício, segundo a Marinha, consiste em atravessar um túnel de cerca de três metros de comprimento com a presença de fumaça. Na quarta-feira (21), um amigo de Jean contou ao RJTV que o próprio aspirante relatou ter sofrido intoxicação porque foi obrigado a repetir um exercício no qual os jovens entram sem máscara num ambiente fechado. Ele teria submetido ao teste mais de uma vez.
“Eles tinham que escapar dessa câmara. Era escuro, eles não achavam a saída, tinha um amigo dele junto, que passou mal também lá dentro. Ele saiu e o comandante mandou entrar novamente. Ele não achou novamente, entrou de novo, saiu e entrou de novo até achar a saída. Depois, ele começou a passar mal, tossindo, reagindo já ao gás”, afirmou.

Leia também:
Após passar mal em treinamento, aspirante da Marinha permanece na UTI há quinze dias

Em nota, a Marinha informou que “nesse momento de dor, solidariza-se com a família do Aspirante Caleb, a quem apresenta sinceras condolências, e informa que está prestando todo seu apoio”.
A assessoria de imprensa disse ainda que a apuração dos fatos está sendo conduzida por meio de um Inquérito Policial Militar, instaurado no dia 8 de maio e com prazo de conclusão de até 60 dias.
“O exercício em questão é regular e faz parte da Prática Profissional Naval, prevista no Programa de Ensino da Escola Naval, tendo sido cumprida pelos demais 32 aspirantes fuzileiros navais sem incidentes. Ressalta-se que foi instaurado o competente procedimento, a fim de apurar as circunstâncias do fato, com prazo de conclusão de até 40 dias, podendo ser prorrogado por mais 20”, diz o texto. Outro colega de Jean, Vinícius da Silva Cunha também chegou à UTI, mas melhorou e foi liberado da unidade.
G1/montedo.com

7 respostas

  1. Enquanto as pessoas que são as responsáveis por estas instruções não forem punidas EXEMPLARMENTE, isso vai continuar a acontecer. A família deve tomar as providências e dar publicidade.

  2. Passei por uma experiência semelhante no CFS, durante o período básico na EsIE. Havia uma oficina de guerrilha urbana (se não me engano) em que eram lançadas granadas de gás lacrimogêneo em uma manilha e, ao final dela, havia 2 outras manilhas, sendo 1 delas a saída. Se vc errasse a manilha certa, deveria retornar, esbarrando com os demais alunos q tiveram a mesma infeliz ideia q sua. Ou seja, era o caos, literalmente. Muitos companheiros, na época, passaram mal. Não defendo o sistema nem o acuso, mas acho q tais práticas fazem parte da atividade militar. Embora sejamos FFAA com problemas, não podemos nos esquecer de q os alunos dos cursos militares estão sendo preparados para suportarem situações semelhantes se assim acontecer. Evidentemente q os excessos devem ser combatidos, mas as atividades exercidas nessas oficinas devem acontecer.
    Maj Leonardo

  3. Mas é claro que os instrutores sabem que o monóxido de carbono é extremamente tóxico e responsável por 70% das mortes em incêndios. Ou não sabem?

  4. eu penso q esta morrendo muito aluno ultimamente todos se preparando para algo q nunca vai a contecer, em todas as academia algo esta errado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo