Soldado do Exército é condenado a oito anos de prisão por matar colega durante serviço de guarda

Soldado é condenado a 8 anos por morte de recruta
Juiz de Fora (MG) – Foi condenado, em primeira instância, a oito anos de prisão o recruta que portava o fuzil que matou o soldado Jonathan Loures Rodrigues, também de 19 anos, com um tiro na cabeça, em janeiro de 2013, nas dependências do 4º Depósito de Suprimentos (4ºD Sup), no Bairro Barbosa Lage, Zona Norte. De acordo com informações do cartório da 4ª Circunscrição Judiciária Militar, a condenação foi decidida, nessa quarta-feira (7), mas ainda cabe recurso, em segunda instância, no Superior Tribunal Militar. A condenação foi decidida, de forma colegiada, pelo Conselho Permanente para Justiça no Exército. O réu Gabriel Aarão Ribeiro havia sido denunciado pelo crime de homicídio culposo, entretanto, com o decorrer do processo e em função das análises realizadas pelo Conselho, com base na lei, o crime foi modificado para homicídio doloso, aquele em que há intenção, agravando sua pena. Como o réu é primário e com bons antecedentes, ele responde ao processo em liberdade. A sentença ainda será redigida e lida, no próximo dia 14, quando então o condenado terá condições de entrar com recurso.
Jonathan foi morto, no dia 18 de janeiro do ano passado, quando estava prestes a completar 20 anos de idade. Ele foi atingido com um tiro de fuzil na cabeça, enquanto encerrava o turno de sentinela, no qual ficava responsável pela vigilância da área. Na ocasião, o jovem condenado prestava o serviço junto com a vítima. Assim que houve o disparo, uma viatura do Corpo de Bombeiros foi acionada, mas o jovem não resistiu, falecendo no local. Já o militar que teria disparado contra o colega ficou em estado de choque, recebendo atendimento médico. Os dois eram apontados como amigos, e a primeira versão para o caso é que o disparo teria sido acidental. Entretanto, outras possiiblidades para o episódio passaram a ser investigadas.
Na época, de acordo com a chefia do 4º Depósito de Suprimentos, as duas famílias envolvidas na tragédia passaram a receber todo o apoio do Exército. Apesar de os dois jovens terem ingressado na corporação há apenas cinco meses – ambos eram da turma de 1º de agosto de 2012 -, segundo a chefia, eles estavam habilitados para o manuseio do equipamento e que haviam passado pelo programa padrão de preparação do soldado realizado durante o período de inserção na vida militar.
TRIBUNA DE MINAS/montedo.com

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