Comissão do Senado aprova general para presidir a Autoridade Pública Olímpica

CAE aprova general para presidir Autoridade Pública Olímpica

Raquel Ulhôa
20131001-173440.jpgBRASÍLIA – Após sabatina do indicado, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou, nesta terça-feira, a nomeação do general Fernando Azevedo e Silva para presidir a Autoridade Pública Olímpica (APO), consórcio público formado pelo governo federal, governo do Estado Rio de Janeiro e prefeitura do Rio para coordenar a participação dessas três esferas federativas na preparação e realização dos jogos olímpicos de 2016.
Seu nome foi aprovado por 20 votos a favor e um contra. A indicação será, agora, votada no plenário do Senado.
Azevedo e Silva, general de divisão do Exército, presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil e ex-presidente da Comissão de Desporto do Exército durante a preparação e execução dos 5º Jogos Mundiais Militares – Rio/2011 vai substituir Márcio Fortes, ex-ministro das Cidades do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Fortes pediu demissão em agosto, a menos de três anos para a Rio-2016. Estava insatisfeito com ações do Ministério do Esporte, pasta à qual a APO passou a ser subordinada em 2011.
O líder do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira (SP), citou o suposto motivo de saúde de Fortes e perguntou como Azevedo e Silva reagiria a eventuais pressões do ministério. Em resposta, o general disse que a lei fala em “vinculação” da APO ao ministério e limitou-se a dizer que vai “cumprir a lei”.
Os principais assuntos das perguntas foram o esvaziamento da APO e o legado das Olimpíadas. O general afirmou que “a função da APO está clara: é coordenar os principais entes envolvidos na Olimpíada, que são a União, o Estado e o município. Tenho que retomar a função dela”.
Azevedo e Silva afirmou que as obras da construção do Parque de Deodoro, local em que acontecerão nove modalidades da Rio-2016 estão atrasadas, mas ele disse estar seguro de que serão concluídas a tempo. “Está tudo no caminho certo”, afirmou.

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No início deste mês, o governo estadual transferiu ao município a responsabilidade pela construção do parque de Deodoro. A coordenação de trabalhos era feita por Fortes e esse teria sido um dos motivos da saída do ex-ministro do cargo. No mês passado, o TCU (Tribunal de Contas da União) pediu a apresentação de plano de gastos para a Rio-2016 e chamou atenção para atrasos da obra de Deodoro.
O presidente da CAE, Lindbergh Farias (PT-RJ), pré-candidato a governador do Rio, disse que o general “vai ter uma batalha perdida em relação ao legado da Olimpíada”, porque “grandes elefantes brancos” serão construídos na Barra da Tijuca.
“A escolha foi de fazer na Barra da Tijuca, área mais rica da cidade. As prioridades foram invertidas. Em Barcelona, foram feitas em áreas centrais, para recuperar áreas degradadas. O legado da Olimpíada vai ser a construção de um Rio mais desigual. A cidade do Rio cometeu equívocos muito grandes no planejamento”, disse.
Valor Econômico, via resenha do EB-montedo.com

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