Fim da festa: sob pressão, Exército rescinde contrato com clube VIP no Forte Copacabana

Temendo protestos, Exército rescinde contrato com clube em praia do Rio

Para poucos. A praia do Forte de Copacabana que foi privatizada para implantação do empreendimento Aqueloo Beach Club: por um contrato de três meses prorrogáveis por mais três, o Exército vai receber um total de R$ 228 mil
Foto: Domingos Peixoto / O Globo
Domingos Peixoto (O Globo)
O Exército decidiu rescindir o contrato com o Aqueloo Beach Club, cube exclusivo localizado em uma praia particular do Forte de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro.
O contrato será encerrado no sábado (2), um dia antes de ele terminar de fato. O motivo, expresso em ofício do Exército endereçado aos donos da empresa que organizava os eventos no local, foi que um grupo de internautas contrários ao clube planejava invadir o lugar no domingo (3). Em um evento criado no Facebook, 2.334 confirmaram presença na “invasão” da praia, até a publicação desta reportagem.
No ofício, o Exército informa que reincidiu o contrato porque tomou conhecimento de “uma série de informações que apontam para graves problemas de ordem pública, segurança de pessoas e instalações, no domingo próximo”. O ofício foi enviado à imprensa pela assessoria do próprio clube, que informa que a decisão do Exército foi “unilateral e exclusiva”.
Exército comunicou fim das atividades do Aqueloo nesta sexta-feira
Ofício: rescisão unilateral

Leia também:
Clube VIP: verão é na praia do Forte Copacabana

MP Militar vai investigar clube VIP no Forte de Copacabana

O Aqueloo Beach Club completaria, neste domingo (3), três meses de funcionamento. Por estar dentro do Forte de Copacabana, a área tem acesso restrito e a praia não é aberta ao público em geral. Com a inauguração do Aqueloo, porém, a praia passou a ser aberta àqueles dispostos a pagar o ingresso para clube, que chegava a custar R$ 250.
O clube gerou muitas críticas por parte de moradores da cidade. Além de criticar o acesso restrito à praia, houve reclamações de vizinhos devido ao volume da música eletrônica tocada durante os eventos.
O lugar é inspirado em atrações semelhantes que funcionam durante o verão em locais como Ibiza, na Espanha, e em Jurerê, praia em Florianópolis. O clube tem capacidade para até 500 pessoas, que podem optar por 18 camarotes, alguns deles com banheiras de hidromassagem e com preços até R$ 20 mil por dia.
O MPM (Ministério Público Militar) chegou a divulgar que pediria informações ao Exército sobre o contrato com o Aqueloo. De acordo com a assessoria do Ministério Público Militar há “previsão legal para o arrendamento de área militar a particulares”. Mesmo assim, o MPM pretendia analisar o contrato de arrendamento da área.
Folha/montedo.com

4 respostas

  1. Esses promotores do MPM ficam a vida inteira na carreira coçando o … e quando aparece uma notícia no Jornal é que eles se mexem, quero dizer, fingem que se mexem, pois é sabido que o MPM é especializado em questões penais, e no caso de irregularidades em contratos administrativos a missão de investigá-los é do MPF, CGU e TCU.
    Os membros do MPM bem que poderiam se preocupar mais em criar estruturas investigativas próprias como fazem os Ministérios Públicos Estaduais – que não ficam dependendo só da polícia para iniciar investigações – ao invés de trabalharem sempre dependendo das porcarias dos mal feitos IPM conduzidos pelos quartéis.

  2. O MPM é uma bocada, quem não quer ganhar 20.000 por mês para ficar denunciando 99% do tempo simples deserções que, via de regra, não vão dar em nada (99% é absolvição por "estado de necessidade")? Os grandes crimes mesmo, principalmente os financeiros que ocorrem nos quartéis, passam despercebidos, pois jamais um Cmt (OD) vai abrir IPM contra ele mesmo, por estar envolvido por ação ou omissão. O MPM tinha de brigar para que as Forças Armadas abrissem corregedorias ou polícias investigativas, ou então que os doutos promotores parassem de trabalhar apenas dois dias na semana, levantassem de seus banquinhos acolchoados e iniciassem um trabalho firme de investigação, como os MPE/MPF.

  3. Antes tarde do que nunca. Mas pelo que eu entendi rescindiram o ADITIVO que deu o mês de março para a empresa explorar. Como a empresa já havia ganho o retorno nos meses de janeiro e fevereiro, ficou tudo bem.
    E com todo o respeito devido ao MPM, o EB pode alugar instalações! PRAIA é bem comum previsto na Constituição, e JAMAIS poderia ser "privatizada", mesmo que temporariamente. A única justificativa do EB para fechar uma praia é o mister da SEGURANÇA NACIONAL, o que não se caracteriza no caso de uma locação para um clube de praia.
    Que o Cmt (OD) do Forte de Copacabana entenda que há o limite do razoável, mas por vezes é muito difícil se enxergar o óbvio, não é mesmo?

  4. Agora, nós vamos invadir a sua praia!!!! Separa um lugar nessa areia, nós vamos invadir sua aldeia!!! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk…
    Só queria ver a playboyzada desesperada com a turba invadindo o "clube VIP"… Kkkkkkkkkkkkkkkkk…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo