JOGOS MUNDIAIS MILITARES: JUDOCA DÁ BAIXA COMO SOLDADO, REINCORPORA COMO SARGENTO E GANHA MEDALHA DE OURO

“Atleta de alto nível”, judoca troca patente para Jogos Militares
MÔNICA GARCIA
As seleções masculina e feminina de judô do Brasil ganharam as duas primeiras medalhas de ouro por equipe nos Jogos Mundiais Militares. A equipe feminina foi a primeira a competir, com as judocas Sarah Menezes, Ketleyn Quadros, Maria Portela e Maria Altheman. Mariana Silva, que faz parte da equipe e sofreu uma entorse no tornozelo esquerdo durante a luta contra a França nas eliminatórias, não pôde lutar a final, desfalcando a Seleção Brasileira.
“Infelizmente, a Mariana se contundiu na luta à tarde e não pôde estar na final. No momento da contusão, pela dor que ela sentiu, pensamos que tinha sido uma fratura. Mas já realizamos exames mais detalhados que comprovam que não foi nada mais sério, foi uma lesão de grau 1. Provavelmente ela não deve mais competir nos Jogos¿, afirmou o técnico da Seleção feminina, o tenente-coronel da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Hespanha.
A equipe masculina entrou completa no tatame, mas os judocas Hugo Pessanha – que entrou na vaga de Tiago Camilo, que se contundiu antes do início dos Jogos Militares – e Rafael Silva não precisaram lutar, pois Leandro Cunha, Bruno Silva e Leandro Guilheiro já tinham garantido os pontos necessários para vencer a competição.
“Essa semana eu vou me preparar um pouco, estou com uma lesão muito complicada nas costas. Hoje me poupei o máximo que eu podia. Estou com uma lesão que já vem há alguns meses, então tenho que me preparar bem essa semana para poder chegar bem na sexta-feira e fazer uma competição melhor do que eu fiz hoje”, disse Pessanha, que perdeu sua eliminatória hoje pela equipe.
Hugo Pessanha entrou na equipe na vaga do lesionado Tiago Camilo
Foto: Wagner Meier/Photocamera/Divulgação

Com duas medalhas de bronze na carreira militar, a primeira conquistada em 2006 no Campeonato Mundial Militar, na Croácia, e a segunda em 2007, nos Jogos Mundiais Militares, na Índia, sargento Pessanha serviu o serviço militar obrigatório aos 18 anos, e permaneceu no exército, quando foi incorporado como atleta um ano depois, em 2005.

Até o ano passado o sargento Pessanha era o soldado Pessanha, mas com o edital criado para incorporar atletas de alto rendimento nas forças armadas, o judoca pediu baixa da patente de soldado e ingressou como sargento do exército brasileiro.
“Com 18 anos eu me alistei, aos 19 anos comecei a competir pelo exército onde permaneci como soldado até o ano passado, quando saiu o novo edital do exército para outros atletas entrarem. E as forças armadas me concederam a liberdade de escolher entre ficar como soldado ou sargento. Eles perceberam que eu sou um atleta de alto nível, alto rendimento. Dei baixa como soldado e entrei como sargento. E hoje estou aqui representando o Brasil. Essa é a minha primeira competição como sargento pelo exército oficialmente. E conquistei a medalha de ouro”.

TERRA

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