Pela segunda vez este ano, a Justiça Militar adiou o julgamento de dois acusados de fraude na Operação Pipa no Ceará. Um sargento do Exército e um dono de caminhão-pipa seriam julgados hoje, mas os advogados de defesa conseguiram alterar a data.
O Exército é a instituição responsável pelo escritório da Operação Pipa. Em junho do ano passado, O Povo revelou detalhes do esquema em que militares cobravam propina – de cerca de R$ 2 mil, para cadastrar pipeiros que não cumpriam as exigências listadas para o programa (veículos em boas condições ou uso de reservatórios com água própria para consumo humano).
Um major e outros dois sargentos, também réus no caso, que já deveriam estar em vias de julgamento, teriam sido beneficiados.
O caso deles tinha material para ser analisado pelos peritos da PF, mas há informações de que as apreensões feitas pela Corporação no escândalo do DNIT acabaram sobrecarregando o setor.”