Silvana Losekan
Uma paixão que teve início na infância, em Santa Maria, quando convivia próximo ao cotidiano de militares, levou o empresário Sefferson Steindorff, hoje radicado em Panambi, a se dedicar a uma coleção de veículos e equipamentos militares, que está disponível para visitação na BR 285, km 420. A primeira viatura foi adquirida em 1982 – um Dodge Comander (1942), utilizado na Segunda Guerra Mundial e que foi encontrado abandonado em uma fazenda. Hoje, o acervo é de 75 veículos, entre eles, carros de combate, caminhões de transporte de tropas, viaturas de socorro e jeeps. ”Além do fascínio pelas viaturas militares, que me acompanha desde criança, me realizo também ao fazer o restauro dos carros, pois assim consigo preservar parte da história das Forças Armadas através dos meios de transporte e resgatar os fatos ligados aos heróis da Segunda Guerra Mundial”, diz.
Steindorff explica que o processo de reparos nos veículos pode durar até três anos em função do trabalho meticuloso e da dificuldade na obtenção de peças, que muitas vezes são garimpadas no exterior. ”Apesar de o Brasil ainda não estar completamente organizado na área de preservação de veículos militares, existem colecionadores com quem realizo trocas, principalmente de peças automotivas, o que facilita o trabalho de restauro”, diz. Outra dificuldade apontada pelo empresário se refere à regularização da documentação das peças junto a instituições civis, o que, muitas vezes, acaba desanimando os colecionadores.
Depois de concretizado o sonho de infância, Steindorff começou a se preocupar com a preservação do acervo às gerações futuras e, para isso, ele vem trabalhando no processo de criação de um museu no local onde estão reunidos os veículos, acessórios e equipamentos como armamentos, além de utensílios de cozinha e hospital de campanha da Segunda Guerra Mundial. ”O Museu Militar Brasileiro está prestes a se tornar realidade, o que vai garantir que este importante acervo, que hoje é referência em todo o Brasil, seja mantido e continue com o propósito de preservar e resgatar parte da história militar do nosso país e do mundo”, salienta. O acervo pode ser visitado diariamente na cidade de Panambi em horário comercial. Grupos devem fazer agendamento pelo telefone (55) 3375-0310.
DEFENDER (Defesa Civil do Patrimônio Histórico)
Uma resposta
isso ainda anda, ou atira?
e o avião? será que voa?