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Conforme o proponente do debate, deputado Adroaldo Loureiro (PDT), a intenção é evitar o fechamento desses três hospitais que há décadas prestam atendimento às comunidades de Santo Ângelo, Uruguaiana e Cruz Alta. Para Loureiro, a medida, formalizada por portarias publicadas neste ano, vai afetar o sistema de saúde desses municípios. “O fechamento, previsto para o próximo ano, vai sobrecarregar os outros hospitais da região”, reiterou o pedetista. Loureiro informou ainda que o grupo representativo pretende tratar do tema com a bancada federal gaúcha na próxima segunda-feira (23).
Para o presidente da Comissão de Saúde, deputado Gilmar Sossella (PDT), a decisão de transformar os hospitais de guarnição em postos médicos vai piorar as condições do setor da saúde no Estado. “Essa atitude vai onerar ainda mais o Sistema Único de Saúde”, observou. O grupo representativo formado hoje na Comissão espera que as audiências em Brasília ocorram no início de dezembro.
Repercussão
O prefeito de Santo Ângelo, Eduardo Loureiro, declarou que “a medida vai contribuir para desorganizar o atendimento hospitalar na região”. Ele lembrou que o Hospital de Guarnição de Santo Ângelo atende em torno de 3.000 pacientes locais e de outras cidades como Santa Rosa e São Luiz Gonzaga, sendo fundamental sua manutenção.
O coordenador-geral do Sindicato dos Servidores Federais do Rio Grande do Sul (Sindiserf), Marizar Melo, igualmente ressaltou a necessidade de lutar pela manutenção da história dos três hospitais de guarnição. “Queremos reverter essa medida drástica, proposta pelo Ministério da Defesa. Estamos mobilizados para continuar lutando pela revogação das portarias”, afirmou.
A representante da Secretaria Estadual de Saúde, Eunice Belinazo, assegurou que o governo do Estado também está engajado na luta pela manutenção dos hospitais de guarnição. “O secretário Osmar Terra já está gestionando audiências com os ministros da Saúde e da Defesa para tratar do assunto”, garantiu.
Comando do Exército
O comandante da 3º Região Militar do Rio Grande do Sul, general Odilson Sampaio Benzi, afirmou que a intenção das portarias é reestruturar e melhorar o atendimento aos pacientes que dependem dessas instituições de saúde. “Por isso, estamos decrescendo em algumas áreas para aumentar o atendimento em outras onde a demanda é maior”, argumentou. Benzi explicou que os três hospitais gaúchos não foram escolhidos aleatoriamente. “A decisão está embasada em estudos e dados técnicos”, disse. Segundo ele, o efetivo atendido pelos hospitais é perfeitamente compatível com um posto médico de guarnição. “Os postos prestam bons atendimentos à saúde. Neles podem ser encontrados especialistas nas áreas de odontologia, ginecologia e fisioterapia”, disse.
Também participaram da audiência pública os deputados Frederico Antunes (PP), Jorge Gobbi (PSDB), Mauro Sparta (PSDB) e Elvino Bohn Gass (PT).
AL/RS
Uma resposta
Estou muito longe de discordar de uma decisão que, obviamente, passou pelo crivo competente e criterioso do EME e do Min. da Defesa. Anteponho, portanto, algumas dúvidas.
1. Para pacientes que necessitem de internação, o sistema de postos de saúde terão autoridade suficiente para o encaminhamento?
2. Os pacientes do FUSEX, contribuintes regulares e obrigatórios desse plano de saúde sui generis, terão os mesmos direitos anteriores, nos casos de internação encaminhada às OCS, ou haverá algum pagamento a mais?
3. O atendimento de emregências militares, como os acidentes de instrução, particularmente os mais graves, serão atendidos, prontamente, pelas OCS?
4. Se a resposta anterior for positiva, essas OCS terão profissionais capacitados (especialistas) a tratarem de lesões típicas de combate (ou de suas formas de mimetismo, como as instruções militares)?
Ainda há outras dúvidas, mas essas me parecem as de resposta mais difícil.
José Prudêncio Pinto de Sá
Cel Art Ref