
A construção de estrada pelo Exército e o trabalho desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foram exemplos apontados pelo senador da importância da missão brasileira no Haiti. Ele também assinalou a ajuda da Argentina, que administra o único hospital e o trabalho de diversas organizações não governamentais brasileiras.
João Pedro disse que não há como comparar a pobreza do Brasil e a ausência do estado brasileiro em algumas localidades com a situação do Haiti.
– Numa das visitas a um bairro da capital, Porto Príncipe, parte da nossa comitiva chorou. Comem-se gatos no Haiti e não há iluminação pública na capital – contou.
João Pedro acrescentou que faltam comida e água em Porto Príncipe. Em sua avaliação, a situação atual do Haiti ainda está diretamente ligada à sua colonização pela França, num longo processo de dominação com a monocultura da cana de açúcar, que deixou o país com florestas em apenas 3% do seu território. Ele acusou o presidente da França, Nicolas Sarkozy, de tratar a ex-colônia com indiferença.
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse, em aparte, que ainda se surpreende quando ouve críticas à ajuda brasileira a países mais pobres. Para ele é fundamental manter os laços de solidariedade com esses países. Ele elogiou o serviço que as tropas brasileiras estão prestando à paz no Haiti e defendeu a sua manutenção enquanto a ONU desejar.
Da Redação / Agência Senado