A data de ontem, 24 de maio, dia da Infantaria brasileira, marcou o início das atividades programadas pelo Exército para comemorar o bicentenário do nascimento do Brigadeiro Antonio de Sampaio, patrono da arma de Infantaria, nascido em 1810.
Há um mês o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei n.º 11.932, aprovada no Congresso, determinando que o nome do patrono da Infantaria seja inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília.
É provável que a cerimônia oficial de inscrição ocorra em janeiro. De acordo com o coordenador nacional das comemorações do bicentenário, general da reserva Júlio Oliveira Verde, a decisão de levar o nome de Sampaio para o Livro dos Heróis é “uma homenagem justíssima para quem tombou em defesa da Pátria”.
Estudioso da vida do homenageado, o general Oliveira lembra que ele teve atuação destacada nas campanhas de manutenção da integridade territorial brasileira na fase do Império – da Cabanagem, no Pará, à Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do Sul. A consagração militar ocorreu na Guerra do Paraguai (de 1864 a 1870): sua atuação na Batalha de Tuiuti foi considerada decisiva para a vitória dos aliados (Brasil, Argentina e Uruguai).
“Ele veio de uma família simples e, sem fazer nenhum curso especial, galgou todos os passos da hierarquia, de soldado a brigadeiro, cargo que hoje corresponde ao de general de brigada”, diz o general. “Suas promoções ocorreram por atos de bravura e coragem em combates.”
Ferido na Batalha de Tuiuti, Sampaio morreu no dia 6 de julho de 1866.