‘Nova Embraer’ de mísseis: EDGE investe na indústria bélica brasileira

EDGE assina acordo com forças armadas brasileiras

Após investir R$ 3 bilhões no Brasil, Grupo EDGE planeja expansão para Paraguai, Argentina e Colômbia
O EDGE Group, uma das principais empresas de defesa e tecnologia do mundo, segue firme na ampliação de sua presença no Brasil, com investimentos que já ultrapassam R$ 3 bilhões.

Diante disso, o grupo anunciou novas fábricas da CONDOR e SIATT para o próximo ano, fortalecendo ainda mais seu compromisso com o crescimento do setor.

Com isso, a iniciativa não só fortalece a indústria nacional de defesa, como também impulsiona a geração de empregos, tornando o Brasil cada vez mais um polo estratégico no setor.

Investimentos e expansão do EDGE Group no Brasil

A expansão no Brasil se insere no plano estratégico da empresa. Nesse sentido, a nova fábrica da CONDOR será instalada em São Paulo, embora a localização exata ainda esteja em definição.

Por sua vez, a SIATT contará com duas novas unidades, sendo que uma será destinada a 300 colaboradores, enquanto a outra será voltada para testes de explosivos.

Além da infraestrutura, a empresa também reforça seu compromisso com o desenvolvimento de talentos locais.

Nesse sentido, pretende estabelecer parcerias com instituições acadêmicas, como a PUC-Rio e a Unicamp, visando a capacitação de profissionais e a inovação tecnológica.

Além disso, projetos educativos serão desenvolvidos em colaboração com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e a SIATT, fortalecendo a capacitação de profissionais brasileiros.

Entrevista com Rodrigo Torres, CFO Global do EDGE Group

O que levou o Edge Group a escolher o Brasil como foco de seus investimentos no país?

Rodrigo Torres: O Brasil é um importante centro na América Latina, com desafios e soluções semelhantes aos de outros mercados. Além disso, a parceria permite não só a expansão comercial, mas também o desenvolvimento tecnológico. O país possui empresas inovadoras e uma força de trabalho altamente qualificada.

Rodrigo Torres: Desde que entramos no mercado brasileiro, adquirimos participações na SIATT e na CONDOR. Com essas parcerias, já vemos resultados concretos, como novos contratos e a expansão industrial. No caso da SIATT, estamos desenvolvendo o MANSUP, um míssil antinavio de 70 km de alcance, em parceria com a Marinha do Brasil.

Quais são os principais desafios que a empresa prevê ao operar no mercado de defesa brasileiro?

Rodrigo Torres: O sistema tributário brasileiro é complexo, mas contamos com uma equipe local dedicada para lidar com essas questões. O Brasil oferece grandes oportunidades no setor de defesa, com empresas bem estabelecidas e competitivas.

Você pretende estabelecer parcerias com outras empresas brasileiras ou instituições acadêmicas para desenvolver novas tecnologias?

Rodrigo Torres: Sim. Em 2025, planejamos firmar acordos com universidades como a PUC-Rio e a Unicamp. Também estamos desenvolvendo iniciativas de educação com a SIATT e o ITA.

Foto: divulgação EDGE Group

Exportação e melhorias

Como o Edge Group vê o potencial de exportação de produtos desenvolvidos no Brasil para outros mercados?

Rodrigo Torres: Vemos um imenso potencial. O MANSUP é um exemplo de sucesso, com negociações avançadas para exportação para África, Ásia e América Latina. A aquisição da CONDOR também reforça essa estratégia, pois a empresa já exporta para mais de 85 países.

Que medidas estão sendo tomadas para garantir a transferência de tecnologia e o treinamento de mão de obra?

Rodrigo Torres: Todas as empresas de defesa de alta tecnologia aderem a padrões rigorosos e práticas recomendadas bem estabelecidas. Da mesma forma, a EDGE não é exceção. Além disso, consideramos essas práticas como componentes essenciais do desenvolvimento econômico sustentável.

Como a empresa avalia o ambiente regulatório brasileiro em relação ao setor de defesa e quais melhorias poderiam ser implementadas?

Rodrigo Torres: A avaliação do ambiente regulatório brasileiro em relação ao setor de defesa envolve uma abordagem multifacetada, considerando vários aspectos, como a conformidade com as leis, a compreensão da estrutura para aquisição de produtos de defesa, as regulamentações de controle de exportação e as implicações geopolíticas mais amplas. Todos esses aspectos fazem parte de nosso plano estratégico de negócios personalizado para a região.

Expansão para outros mercados da América Latina

Após consolidar suas operações no Brasil, o EDGE agora planeja expandir para Paraguai, Argentina e Colômbia.

Para isso, o grupo mantém negociações com governos locais a fim de oferecer soluções em defesa, segurança pública e cibersegurança.

Com essa abordagem, a estratégia do EDGE Group reafirma o Brasil como um polo tecnológico e de inovação no setor de defesa, ao mesmo tempo que impulsiona a indústria nacional e fortalece a cooperação internacional.

Foto: divulgação EDGE Group

BPMoney – Edição: Montedo.com

Respostas de 3

  1. O Assunto não tem nada haver, mas estou vindo do futuro para avisar que o General Ribeiro daqui a alguns poucos anos será promovido a 4 estrelas e será uma comoção dizendo ser o primeiro general negro no alto comando etc etc.

    No século XXI até é, mas o Brasil já teve 3 generais de 4 estrelas negros, inclusive um na época do Regime militar, cuja espada estava em poder do EB, mas a familia virou esquerdista e pegou a espada de volta.

    Reitero, o furo jornalístico é meu, deem os créditos quando isso acontecer.

    ASS: O CARA QUE FALOU UE TINHA SAUDADES DO SUB SIMÃO…

  2. A escolha do Brasil e simples porque no pais a empresa vi encontrar capital intelectual Necessário para o seu desenvolvimento. Além do IME/ITA, vc tem USP/UNICAMP, e algumas universidades federais como São Carlos, Itajubá, UFRJ, UFMG, UFRS, UFSC e Instituto Federais.

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