País tem mais de 160 militares presos sob custódia das Forças Armadas

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Maior parte dos militares presos são praças, como soldados, cabos, sargentos e marinheiros
Daniela Santos, Maria Eduarda Portela
Dados das Forças Armadas apontam que o país tem, atualmente, um total de 162 presos em estabelecimentos militares. Entre os custodiados – todos do gênero masculino –, estão soldados, capitães, tenentes, entre outras patentes, com idades que vão dos 19 aos 72 anos.

As prisões de militares ficaram em evidência a partir das investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado, que envolveu nomes de alta patente das Forças Armadas. Um dos exemplos mais emblemáticos foi a prisão preventiva do general da reserva do Exército Walter Souza Braga Netto, por tentar atrapalhar as investigações. Nessa semana, ele e outros 23 militares foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Braga Netto está detido em uma sala especial da 1ª Divisão do Exército, no Rio de Janeiro. Assim como ele, há pouco mais de uma centena de militares sob custódia em unidades das Forças Armadas. Dados obtidos pelo Metrópoles via Lei de Acesso à Informação apontam que, dos 162 presos, oito são da Aeronáutica; 127, do Exército; e 27, da Marinha.

Perfil
Do total, 15 presos são oficiais – militares de alta patente, como capitães, tenentes, generais. No entanto, a maioria das prisões é referente aos chamados praças, ou seja, militares com pouco poder dentro das Forças Armadas. São exemplos desse grupo os soldados, cabos, sargentos e marinheiros.

Para a advogada e pesquisadora Débora Nachmanowicz de Lima, o índice reflete o perfil dos militares das Forças Armadas, além da natureza das atividades que cada grupo desempenha.

“Eles [praças] estão mais no dia a dia, no monitoramento, nas viaturas, além de serem a maior parte da Força. Eles estão mais suscetíveis a cometerem crimes militares ou não, e transgressões”, pontua a especialista.

“Não que os oficiais não estejam nas ruas. Pode ter oficiais de baixa patente nas ruas, coordenando missões, etc. Só que, de certa forma, existe um protecionismo no julgamento da Justiça Militar sobre esses oficiais e as maiores patentes. De fato, serão muito poucos aqueles que vão ser presos”, completa.

Tipos de prisões
As prisões de militares são passíveis de ser preventivas ou definitivas, ou seja, quando já há condenação. Além disso, as detenções podem ter relação com processos que são de competência da Justiça comum – por exemplo, um homicídio contra um civil – ou casos sob alçada da Justiça militar. Em ambas as situações, a prisão é cumprida em uma estrutura das Forças Armadas.

Há também a possibilidade de prisão disciplinar – aquelas consideradas transgressões ao regimento dos órgãos. Essas punições costumam ser de curta duração. “Não é uma prisão comum ou prisão referente a crime militar, é prisão disciplinar em que o militar, no caso do Exército, pode ser preso disciplinarmente até 30 dias, no máximo. Ele fica preso na unidade militar por ter transgredido uma norma”, explica Evandro Soares, professor e doutorando da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) São Paulo.
METRÓPOLES – Edição: Montedo.com

Respostas de 8

  1. Nesse Tribunal o praça se lasca sempre. Quero ver agora, fugirem do Xandão!!! Vão sentir na pele a impotência, Desprezo, e como é ser tratado como lixo. Chupa esses Oficiais da Akidimia! Hora do Pato com Xandão: Explica mas não justifica kkkk

  2. https://veja.abril.com.br/paginas-amarelas/claudio-castro-lula-promove-um-debate-inocuo-na-seguranca-publica

    Ser preso assim que é muito fácil, mamão mamão com açúcar, quero ver o militar trabalhar 12 horas, trocar tiros por duas horas com narcotráficantes no RJ e depois errar na metade do caminho e ser conivente com a corrupção que se instalou no RJ e país como um todo, que vai do alto comando até os praças mais modernos, inclusive os militares estaduais do RJ também tiverem um ex – Presidiário como chefe. O mais difícil é sobreviver no campo de batalha, ser preso ou corrupto é fácil….

  3. Estou fora desse sofrimento, estou na reserva. sempre andei direito, Pior coisa de um ser humano, é perder sua liberdade, eu amo minha liberdade, valorizo meu dia dia, com meus filho e minha familia, não sou perfeito, mas sempre procurei andar corretamente , não suporto ficar bebendo em bar e jogar conversa fora,,Deus Seja Louvado

    1. O problema não é beber esportivamente e sim a corrupção, as vezes uma conversa inclusive com a família em uma lancheira decente é importante, mas errado é a corrupção. As vezes integrantes das instituições extrapolam, mas errado não é a Instituição e sim alguns integrantes que cometem corrupção. Assim como as armas não disparam sozinhas, as instituições não corrompem é necessário o ser humano corrupto atuar…ou, simples o ganancioso, mas feliz é aquele que não fica em bar bebendo e jogando conversa fora e nem apoia os ” tomadores de cervejinha”, que conseguem o trago atrás do furto ou roubo de celular, com apoio do chef ex-presidiário supremo. Até Entendo porque ALGUNS Militares não gostam de polícia…olha o chefe …

  4. Com um comandante envolvido com um Presidente ladrão e notoriamente corrupto, com um comandante que é alinhado com o sistema, deixa a todos que serviram este país com Honestidade, revoltados com tamanha perseguição aos verdadeiros militares de Caxias!

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