Documento foi encaminhado a Alexandre de Moraes; depoimentos dos ex-comandantes ligam Torres ao núcleo da tentativa de golpe
Pablo Giovanni
O ex-ministro da Justiça Anderson Torres pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes uma acareação com o ex-comandante do Exército general Freire Gomes e o ex-comandante da Força Aérea Brasileira tenente-brigadeiro-do-ar Carlos Baptista Júnior. Torres encontra-se em liberdade.
Os dois militares prestaram depoimento à Polícia Federal e mencionaram que Torres integrava o núcleo jurídico da tentativa de golpe para manter o então presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.
O que aconteceu?
Os ex-comandantes contaram à PF que Torres integrava o núcleo jurídico da tentativa de golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.
No depoimento, o ex-comandante do Exército Freire Gomes citou que a “minuta do golpe” apresentada por Bolsonaro era idêntica ao papel encontrado pela PF na casa do ex-ministro.
Torres pediu a acareação e apontou que Freire Gomes tem “memória de elefante” ao ligá-lo à tentativa de golpe.
O pedido foi encaminhado ao STF e aguarda análise de Moraes. No documento anexado, a defesa de Torres argumenta que os comandantes trouxeram elementos que colocam o ex-ministro como alvo das investigações. A acareação serviria para confrontar as versões apresentadas pelos três em um depoimento conjunto.
Os advogados do ex-ministro afirmam que ele não participou de reuniões com o alto comando das Forças Armadas, nas quais teria sido supostamente apresentada a chamada “minuta do golpe”. Segundo a defesa, não há elementos que comprovem a atuação dele como assessor jurídico de Bolsonaro nesses encontros.
“Com efeito, a ausência de informações claras sobre em que cenário se deu a participação de Anderson Torres nas supostas reuniões é digna de nota, sobretudo no que respeita ao general Freire Gomes, que, diga-se de passagem, ostenta uma ‘memória de elefante’, recordando-se precisamente da íntegra do conteúdo de uma suposta minuta que lhe foi apresentada no ano de 2022, mas não sabendo sequer indicar a data e local em que Anderson Torres eventualmente prestou suporte jurídico ao ex-presidente”, alega a defesa.
Investigação
No pedido de acareação, Torres também solicita esclarecimentos sobre a suposta assessoria jurídica ao ex-presidente. A defesa questiona por que ele não esteve presente nas reuniões em que foram discutidas medidas antidemocráticas, quantas ocorreram, em qual contexto ele teria auxiliado Bolsonaro e se o ex-presidente estava presente nesses encontros.
Além disso, o ex-ministro solicitou um novo depoimento à Polícia Federal. Os advogados argumentam que “a PF ignorou o pleito da defesa” para esclarecer a relação dele com os dois ex-comandantes. Também pediram que sejam anexados registros de entrada e saída do Palácio do Alvorada e do Planalto entre 1º de novembro e 31 de dezembro de 2022.
O pedido ainda não foi analisado por Moraes. Caso o ministro avalie a solicitação, o processo será encaminhado para manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
METRÓPOLES – Edição: Montedo.com
Respostas de 11
Vixi. Isto vai longe.
Esses registros de entrada e saída do Palácio do Alvorada e do Planalto entre 1º de novembro e 31 de dezembro de 2022 já devem ter sido apagados assim como os vídeos de segurança do dia 8 de janeiro/23 e o registro de entrada do Adélio Bispo na câmara, nunca investigado pela justiça. Quem deve saber de todo o plano é o G Dias e os militares que estavam lá dentro do Planalto, a não ser que tenham sido usados como “idiotas úteis” como sempre, em regimes totalitaristas.
Vai ser Cobra comendo Cobra pela cabeça…vai ser briga de Bugio.
To fechado com Bozo!
En regime fechado
😁😁😁
Vergonha tudo isso. Traidores.
Frouxidão.
Enquanto isto os “arapongas” de 2ª Seção ficam o dia todo assistindo TV e pesquisando a vida dos militares e suas famílias no Programa de Consultas Integradas. Este serviço é para investigação de Policia Judiciária. Vejam o Código Penal isto da cana. Este sistema o Governo por meio da SSP cedeu para consultas de jovens na seleção complementar. O Cara fica pesquisando se o cara tem PJ quem, se o IPVA esta atrasado, quem são os irmãos, qual BO ele tem. Não esquecam que tudo fica registrado. O adjunto de Comando no estacionamento olhando os veículos de pneus carecas…Me poupe vão ajudar os praças ficar fazendo isto é muito feio. Ahhhhh revistas constrangedoras com cachorros no portão o cão entra no carro deixa tudo “babado”. Cara então Proíbe o estacionamento dentro do Quartel. Isto gera problemas o camarada tem que sai pegar o filho u filha na escola e fica em uma fila gigantesca de revista enquanto isto a Professora com um único aluno esperando os Pais.
O foco do Adjunto de Comando é juntar pontos: Medalha Pacificador, SGD com alto desempenho, Medalha Max Wolf Filho, e por aí.
Se ele passar a “ajudar os praças” vai cair no conceito do Comandante, perder muitos pontinhos e não será promovido ao QAO.
Adjunto de Comando agora só anda “pisando em ovos”.
Lembrando que funcionalmente na prática é um “cinzeiro de moto”
não ajudam ninguém. Vários soldados doentes em casa, ele (cinzeiro de moto) não faz uma visita.
Bem provável que não seja deferido tal pedido, pois poderia derrubar a máscara do heroi fabricado.
O heroi “fake” continuará curtindo sua bela aposentadoria nos “esteites” sem nenhuma vontade de voltar ao solo pátrio.