Com boas relações com as Forças Armadas, ministro foi fundamental no processo de pacificação entre os militares e o governo petista
Fabio Murakawa, Valor
Brasília – O ministro da Defesa, José Múcio, decidiu permanecer no cargo e não será substituído na esperada reforma ministerial que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende fazer nas próximas semanas. Múcio, que estava decidido a deixar o posto, atendeu a um apelo feito pelo próprio Lula em uma reunião na última sexta-feira no Palácio do Planalto, segundo fontes do governo. Assim, o ministro deverá permanecer na Esplanada ao menos até o fim do ano.
Nomes como o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, já foram citados como possíveis substitutos de Múcio. Nenhum dos dois, no entanto, demonstrou interesse em assumir a pasta.
O mais importante, no entanto, é que, na opinião de Lula, não há ninguém mais adequado para conduzir o ministério neste momento do que Múcio.
Com excelentes relações com as Forças Armadas, o pernambucano foi fundamental no processo de pacificação entre os militares e o governo petista após o alinhamento da caserna com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao longo de seu mandato (2019-2022), a conivência dos quartéis com atos golpistas após a eleição e o traumático quebra-quebra de 8 de Janeiro de 2023, que resultou na depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília.
A costura para deslocar Alckmin para a Defesa era defendida por parte do entorno de Lula a fim de abrir uma vaga no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) na reforma ministerial. Há uma articulação no Planalto para que o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD) assuma a pasta.
Esse movimento tem como objetivo cristalizar o apoio do PSD ao governo e aumentar as chances de a legenda, comandada por Gilberto Kassab, integrar a aliança que tentará a reeleição de Lula em 2026.
Alckmin, no entanto, deseja permanecer à frente do MDIC, cargo que acumula com a vice-presidência. E integrantes de sua equipe afirmam que, além do que consideram um bom trabalho já desenvolvido, ainda há o que ser feito por lá.
Mesmo assim, segundo apurou o Valor, Lula deseja que Pacheco assuma o MDIC. Fontes a par das articulações, ouvidas pelo Valor, afirmam que Alckmin passaria a ocupar-se, exclusivamente, da vice-presidência, mas com mais atribuições. Ou seria reacomodado em outra pasta, a ser definida por Lula.
VALOR – Edição: Montedo.com
6 respostas
Considerando que político brasileiro não faz nada de graça, fico imaginando aqui qual será a fatura que o ministro enviará ao LulO.
água de salsicha
Múcio político bolsonarista, que disse que tinha parentes acampados em frente aos quartéis, está ali só pra fazer o meio de campo.
Tudo combinado, faz parte do teatrinho.
Enquanto uns torcem pela saída e outros querem que fique.
A tropa só leva fumo.
Veja bem, ninguém comentou do enorme aumento de 4,5 %em 25.
e de 2024 quem vai repor a inflação de 4,83% ?
Aonde é que vai o L(éle)?
Fazendo uma breve análise da situação atual das FA, a conclusão que chego é que desde muito tempo existe um movimento político com intuito de não acabar com as FA e sim de desvalorização das mesmas com a finalidade de diminuir os gastos públicos, tornando um efetivo mal pago porém atendendo os anseios Constitucionais, porém o que vejo hoje em dia é que estão atropelando os direitos já existentes dos militares da reserva de forma inconstitucional com aval do STF. Querem desvalorizar, tudo bem, eles tem poder pra isso, agora respeitando a constituição de forma Gradativa de transição, quem entra ou quem tem menos de 10 anos, começam a operar nessa faixa, seria o correto, porém estão atropelando os direitos adquiridos dos indivíduos que ali passaram em época remota e o mais incrível não estão encontrando resistência dos próprios militares que estão paralisados e Sem ação. É com triste pesar que vejo e presencio uma manobra clara de desvalorização de uma categoria com intuito de manter os bônus do alto clero do funcionalismo público e com plateia presenciando essa definhacao Dos membros das FA…deixo minha observação e meu ato de indignação. Amém