Monitoramento de Direitos Humanos relata “aumento alarmante” nas execuções de militares capturados
Reuters
A Missão de Monitoramento de Direitos Humanos da ONU disse nesta segunda-feira (3) que registrou um “aumento alarmante” em execuções relatadas de soldados ucranianos capturados pelas forças armadas russas durante a guerra nos últimos meses.
A missão na Ucrânia disse ter recebido relatos de 79 execuções em 24 incidentes separados desde o final de agosto do ano passado. O direito internacional humanitário proíbe a execução de prisioneiros de guerra e feridos, e considera isso um crime de guerra.
“Muitos soldados ucranianos que se renderam ou estavam sob custódia física das forças armadas russas foram mortos a tiros no local. Relatos de testemunhas também descreveram os assassinatos de soldados ucranianos desarmados e feridos”, disse a missão em um comunicado.
Comentando o relatório, o Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, disse que as atrocidades russas exigiam ação internacional urgente.
“As horríveis execuções de prisioneiros de guerra ucranianos pela Rússia demonstram que a Ucrânia enfrenta verdadeiras feras”, disse ele no X. “Precisamos de novas e eficazes ferramentas legais internacionais e medidas concretas para responsabilizar os perpetradores.”
O Ministério da Defesa russo não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
O órgão da ONU obteve e analisou material fotográfico e de vídeo publicado por fontes ucranianas e russas mostrando execuções ou cadáveres e conduziu entrevistas detalhadas com testemunhas.
Ele disse que as execuções relatadas ocorreram em áreas onde as ofensivas russas estavam em andamento.
Danielle Bell, chefe da missão, disse que algumas autoridades russas “pediram explicitamente tratamento desumano e até execução” de soldados ucranianos capturados.
A missão disse que também documentou a execução de um soldado russo ferido e incapacitado pelas forças armadas ucranianas em 2024, mas não deu detalhes.
O gabinete do promotor ucraniano disse anteriormente que estava investigando dezenas de casos de execuções de militares ucranianos por forças russas.
3 respostas
Russo sendo russo, por isso urge conter o sanguinário ex-taxista e agente da KGB e conduzi-lo ao Tribunal de Haia.
Monitoramento?? No grosso modo, não servem para NADA, é como ter uma câmera em casa ou na empresa, sem a PM para evitar que o crime ocorra, o fato irá continuar acontecendo. Esse tal ” diretos humanos” é uma fanfarra que nunca acaba, uma banda sem maestro e não serve a tocada para quem já está morto …alguém vai prender as ” forças russas”, algum “OAB ou STF” daquele país?? Ou quem sabe uma defensoria pública da ONU”???….
Na guerra a verdade é a primeira a morrer