De acordo com as investigações, 257 tiros foram disparados por eles contra um carro, na Zona Norte da cidade, em 2019
Daniel Gullino
Brasília – O Superior Tribunal Militar (STM) volta a julgar, nesta quarta-feira, recursos de oito militares do Exército que foram condenados pelos homicídios do músico Evaldo Santos e do catador de lixo Luciano Macedo, ocorridos em abril de 2019, em Guadalupe, na Zona Norte do Rio. De acordo com as investigações, 257 disparos foram efetuados contra o carro de uma das vítimas.
A sessão está marcada para começar às 13h30. Por enquanto, há dois votos para reduzir drasticamente as penas. Em 2021, a Justiça Militar condenou os oitos militares a penas entre 28 e 31 anos de prisão.
O julgamento começou em fevereiro, quando o relator, ministro Carlos Augusto Amaral Oliveira, votou para diminuir as penas e foi acompanhado pelo revisor, José Coêlho Ferreira. Na época, a ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha pediu vista.
Evaldo Santos estava em um carro com outras quatro pessoas, incluindo a mulher e o filho de 7 anos, a caminho de um chá de bebê, quando foi atacado pelos militares, que teriam confundido o carro dele com o de bandidos. Segundo a perícia, 62 tiros perfuraram o veículo, tendo oito atingido o músico, que morreu na hora.
Luciano Macedo, que passava pelo local, também foi baleado ao tentar ajudar as vítimas. Ele chegou a ser socorrido a um hospital da região, mas não resistiu.
Ao defender a redução de pena, o ministro Carlos Oliveira votou pela absolvição dos militares pela morte de Santos, por entender que agiram em legítima defesa de terceiros, e pela desclassificação de homicídio doloso (com intenção de matar) para o culposo no caso de Macedo.
Por isso, a pena do tenente Ítalo da Silva Nunes, que chefiava a ação, passaria de 31 anos e seis meses de reclusão para três anos e sete meses. Já os demais militares, condenados a 28 anos, teriam as penas reduzidas a três anos de detenção.
O GLOBO – Edição: Montedo.com
Uma resposta
Vamos ser mas honesto as forças armadas foi feito pra guerra, mas o país não tem guerra, mas e usada em todo território nacional, quando e chamada, em calamidade, falar mal e fácil mas enxerga a realidade e outra, fale mal do congresso, que os próprios jornalista a todo ora diz que tem gente infiltrada pelos bandidos do PCC , veja o caso do RJ, vive uma guerra civil, mas fazem vista grossa, bandido protegendo bandido, esta e a realidade do Brasil, mudar e preciso acorda Brasil.