Jaques Wagner: cortes de militares serão enviados ao Congresso ainda em 2024

Queda de índices
Divergências sobre regras de transição para reserva têm atrasado o envio da proposta ao Congresso

O líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou nesta 3ª feira (3.dez.2024) que a proposta de corte de gastos que inclui militares chegará ao Congresso ainda em 2024.

O governo pretende fixar em 55 anos a idade mínima para a ida para a reserva, como é chamada a aposentadoria dos militares. Integrantes das Forças, no entanto, têm criticado como se darão essas mudanças.

Segundo Jaques, é necessário fazer uma “mera combinação” sobre as regras de transição para a reserva.

No sábado (30.nov), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e com os comandantes das Forças Armadas para tratar sobre o tema.

A equipe econômica, liderada pelo ministro Fernando Haddad, quer mudar as regras do salário mínimo, de benefícios sociais e da aposentadoria dos militares para poupar R$ 327 bilhões até 2030. Os militares querem detalhes do governo de como as alterações serão implementadas.

IMPACTO PARA MILITARES

Leia abaixo como o governo quer cortar gastos em relação ao grupo:

  • Previdência – será fixada a idade mínima em 55 anos. Hoje, não há o piso, só tempo de serviço (35 anos para quem entrou depois da aprovação da Lei nº 13.954, de 2019;
  • “morte ficta” – vai acabar. Ocorre hoje quando militares são considerados inaptos para o serviço e são expulsos. São considerados mortos, mas seus familiares mantêm os benefícios, recebendo o salário;
  • contribuição para o plano de saúde – serão equalizados os valores cobrados de todos os integrantes das Forças Armadas. Hoje, há quem pague até 3,5% sobre o salário. Mas esse percentual é menor em vários casos;
  • transferência de pensão – será extinta. Embora essa transferência tenha acabado em 2001, quem já havia contribuído anteriormente seguiu mantendo o benefício. Para militar que contribuiu, quando há caso de morte, a pensão fica para a viúva. Se a viúva morrer, as filhas recebem. Se uma filha morrer, a outra fica com a parte integral. É isso que se pretende acabar agora.

PACOTE FISCAL

O governo federal detalhou na 5ª feira (28.nov) o pacote de revisão dos gastos públicos.

As medidas não são imediatas e podem sofrer mudanças, porque ainda precisam da aprovação do Congresso. Só devem começar a valer a partir de 2025. Entenda nesta reportagem o que o time de Lula tentará emplacar.

O objetivo central do pacote é equilibrar as contas públicas e cumprir as metas fiscais. O governo quer os gastos iguais às receitas em 2025 (espera-se um deficit zero). Nos anos seguintes, o alvo é terminar com as contas no azul. Na prática, é necessário aumentar a arrecadação e diminuir as despesas. Pouco foi feito pelo lado da 2ª opção, mesmo com o Lula 3 quase na metade.

PODER 360 – Edição:  Montedo.com

14 respostas

  1. Repetem, repetem, repetem várias mentiras até virar verdade. I sistem em “cortes de gastos com militares”, propagandeiam intensamente até a população “acreditar” que o g
    o erro é austero. Goebbels tb agia assim.

    1. Não se esqueça da “bolsa ditadura” recebida por centenas que hoje estão no governo, os exilados revanchistas que não respeitaram a anistia de 1979 e implantaram a Comissão da Verdade. Juridicamente as FFAAs se calaram. Queria saber quanto recebem os familiares dos soldados mortos durante o regime.

  2. Lema da esquerda acaba com o exercito. E aos poucos estamos vendo isso virar verdade. Nossos comandantes vendo isso não fazem nada. Tudo melancias tem que lembrar que um dia eles vão ser veteranos, kkk, ai vai ser tarde para reclamar

  3. Faz tanta economia o Governo, que vai incorporar mulheres, apartir de 2025,nas Fileiras das Fôrças Armadas Ai vem gasto com alojamento e outras coisas mais para mulheres, estamos no caminho certo, em termos de economia nas Fôrças Armadas.. Chega ok o pessoal da Ativa , reserva e Reformados foram prejudicados e estão sendo prejudicados, com esse pacote do Mal, desse governo, que não vai resolver nada, Pois Governo Brasileiro é uma gastão, corta a mordomia do Judiciário e do legislativo, tem peito pra isso? chutar cachorro morto é facil, Triste não

    1. Está correto. Só as emendas para os parlamentares, que gastam milhões para se eleger e votarem de acordo com o governo, recebem cerca de R$ 60 milhões por ano. Faça as contas com 513 deputados e 81 senadores. Além das emendas, há as verbas de gabinete. No STF, cada ministro, tem 200 auxiliares. Logo, sobra tempo para fazer politica e anular outros poderes. o TCU tem ministro ganhando mais de R$ 1 milhão. É preciso rveer esse “custo/beneficio”.

  4. Acesse o site da Câmara do Deputados e vote no PL 4413/2024, para acabar com os supersalários, para terminar com essa farra, que é tirar de quem ganha menos para encher os bolsos de quem ganha mais.

  5. Acredito que os militares que escrevem aqui comentários defendendo os cortes nos benefícios das FA estejam acompanhando as reaçãos dos Tribunais de Justiça do país.

    Incrível como a imbecilidade do afã de pertencer a clubinhos de acéfalos “politicamente corretos” enevoam a vista para as coisas óbvias.

    Que bom seria se nossos “líderes”, em defesa da nossa profissão, tivessem a mesma determinação que os desembargadores.

  6. Tenho uma ideia tbm. Diminuir o número de parlamentares e seus auxílios, número de acessores deles. Pente fino em isenção fiscal. Político vive como Rei. Basta ver desde vereador andando com carro importado no interior do nordeste

  7. Uns cortes também seriam válidos> auxilio paletó, auxílio restaurante, auxílio combustível, auxílio padaria, etc.
    O problema é teu chefe que está no mesmo barco que eles, cheos de auxílios. Se não interfere no bolso dele, o resto é resto.

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