Atuação de Braga Netto foi crucial para Cid manter acordo de delação

BRAGA NETTO NA BANDEJA

 

Delação foi mantida após Mauro Cid detalhar atuação do general no plano golpista

 

Nos últimos anos, o Brasil tem testemunhado uma série de evoluções políticas e judiciais, onde as delações premiadas se destacam como um instrumento crucial nas investigações de crimes de corrupção. A figura do delator tornou-se uma peça central em inúmeras operações que buscaram desmantelar esquemas hidráulicos e complexos no âmbito político e empresarial do país. Informações sobre a atuação do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e vice na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, ajudaram o tenente-coronel Mauro Cid a preservar os benefícios de sua delação premiada.

A recente delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, exemplifica como as delações premiadas podem influenciar na condução de inquéritos políticos e criminais de grande escala. Ao réu colaborar com a Justiça, espera-se que forneça detalhes que ajudem a esclarecer tramas complexas, abarcando desde implicações políticas até delitos graves como tentativa de golpe.

Uma delação premiada é um acordo legaL intermediado entre acusados e as autoridades judiciais. Este pacto visa minimizar possíveis penalidades do delator em troca de informações valiosas sobre atos ilícitos. Assim, essa ferramenta se ressai devido à sua capacidade de descortinar esquemas intricados que, de outra forma, poderiam permanecer ocultos. No contexto brasileiro atual, serve como um catalisador que agiliza o processo de descoberta da verdade e aplicação da justiça.

Como funcionou a delação de Mauro Cid?
O caso do tenente-coronel Mauro Cid trouxe à tona informações significativas no âmbito político brasileiro. Durante uma audiência no Supremo Tribunal Federal, ele respondeu a questionamentos cruciais levantados pelo ministro Alexandre de Moraes. O depoimento abordou, entre outros pontos, a suposta participação do general Walter Braga Netto em reuniões relacionadas a um golpismo político. Contudo, Cid negou haver discussões sobre planos de homicídio, mesmo confirmando sua presença em ao menos um encontro suspeito.

Enquanto a delação de Mauro Cid provoca grandes debates no caso que envolve Jair Bolsonaro, ela evidencia o uso das delações como mecanismo universalmente válido no rastreamento dos meandros da política nacional. A depender do contexto e do grau de cooperação do colaborador, as delações podem desdobrar-se em consequências formidáveis para os principais entes políticos, envolvendo até mesmo figuras públicas de alta notoriedade e trazendo à luz crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organizações criminosas.

terra – Edição: Montedo.com

 

9 respostas

  1. Não gosto da instituição delação premiada, principalmente, aquela em que o bandido vai contando no ritmo conta-gotas e negociando a diminuição de sua pena, as vezes ele fica até com os benefícios do seu crime, mas sempre conforme a sua conveniência. E olhe que o sujeito é bandido.

    Funciona assim, se um participante do crime for amigo, fica calado e não entrega; se não for, e ainda um mané, coloca toda a carga do crime em cima dele, mesmo esse comparsa for de escalão inferior. Não dá.

    Para quem acha que esse método faz justiça, parabéns.

    Negociar com bandido sobre o crime cometido é como participar desse crime.

    Querem poupar energia do seu próprio trabalho, ninguém quer suar. Quem não quer acabar logo o seu trabalho? Porém, a essência deveria ser a justiça, com delação premiada ela não é alcançada.

    Ver o Cid soltinho e serelepe é premiar a injustiça.

    1. Melhor voltar para o período das trevas né? Métodos empíricos, investigação de campo, escutas e tal. Lembra das CPI que acabam em “pizza”? Pois é.

      Os métodos policiais evoluem e os acordos judiciais também.
      Caso Mariele não iria chegar numa solução sem delação premiada. Seria o crime perfeito.

      1. Meu amigo, sou franco em expor o que penso e não procuro o artifício do deboche para contrapor as diferentes opiniões, fique tranquilo.

        A alta tecnologia eletrônica de inteligência, assim como o antigo método de colocar infiltrados entre bandidos, são mais do que suficientes para obterem respostas e provas, com resultados melhores e mais puros do que torturar e premiar o preso. A nova indumentária desse método antigo se chama “delação premiada”. Tudo para mascarar a PREGUIÇA de fazer o seu serviço, que é investigar e procurar provas.

        O primeiro bandido preso, ao perceber que pegará uma pena pesada, contará a sua versão, que poderá ser bem diferente da realidade, não estou inventando. Existem vários exemplos de Serial Killers que ficaram livres assim, entregando outros participantes.

        Você citou o caso Marielle, pois saiba há várias dúvidas sobre a participação de gente mais importante que foi acobertada pelo principal delator. Colocou-se a inteira culpa nos irmãos Brazão e no delegado, que era o seu desafeto; provas mesmo são poucas e é bem provável que eles paguem por todos os demais, o que será um alívio para muita gente, incluindo preguiçosos institucionais.

        Viver nas trevas para mim é viver na mentira, no acobertamento e na injustiça.

  2. Não consigo entender como militares de alta patente consegue ir na conversa de um Capitão com ideais golpistas… meu deus do céu … agora todos estão enrolados e vão sofrer as consequências por ter se aliado a um falso Messias.
    Esse Messias está pulando feito pipoca. Vai cansar. Tem gente que comia no mesmo prato, já caindo fora.

  3. A Justiça Militar é uma espécie de Bombeiro que não apaga fogo, vai lá no local do sinistro dias depois com sirene ligada e pessoal equipado, contudo, quando alguém acende um fósforo, a correria é total.
    Bem que poderia fazer parte da economia do governo em um corte de gasto realmente necessário. O motivo disso é que na verdade estão se passando por Bombeiros.

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