Juiz vai decidir se os réus vão a Júri Popular
A 2.ª Vara do Tribunal do Juri da Comarca de Manaus encerrou nesta sexta-feira (08) a audiência de instrução e julgamento dos seis réus acusados de participar do assassinato do sargento do Exército Lucas Ramon Guimarães, em setembro de 2021. A audiência iniciou na quinta (07), quando foram ouvidas oito testemunhas de acusação e de defesa. sendo que a primeira a se manifestar foi a esposa da vítima por volta das 9h45min.
Nesta sexta(08), aconteceu o interrogatório dos acusados de participar do homicídio triplamente qualificado.
São réus no processo:
- Joabson Agostinho Gomes, que teria descoberto que a vítima era amante da mulher;
- Romário Vinente Bentes, gerente do supermercado de Joabson e Jordana;
- Silas Ferreira da Silva, suspeito de matar o sargento a tiros;
- Kamylla Tavares da Silva, que teria ajudado Romário a entrar em contato com Silas;
- Kayandra Pereira de Castro, que encontra-se foragida e também teria ajudado no contato com Silas;
- Kayanne Castro Pinheiro, que encontra-se foragida e também teria ajudado no contato com Silas.
O primeiro a ser interrogado foi o réu Silas Ferreira da Silva, que participou por videoconferência diretamente da prisão. Ele é acusado de matar com três tiros a vítima, mas durante a audiência ele se recusou a responder as perguntas da acusação e negou ser o autor dos tiros.
Já o réu acusado de ser o mandante do crime, Joabson Agostinho Gomes, foi o segundo a ser interrogado. O empresário, que é um dos donos do Supermercado Vitória, compareceu à sala de audiência e negou ter mandado matar Lucas, optando por responder somente às perguntas de sua defesa.
O gerente do supermercado, Romário Vinente Bentes, que segundo o Ministério Público teria contratado o pistoleiro que matou a vítima, também utilizou a estratégia de responder apenas as perguntas da sua defesa. Já as acusadas de terem intermediado o contato do gerente com o pistoleiro, Kayanne Castro Pinheiro dos Santos, Kayandra Pereira Castro e Kamylla Tavares da Silva, foram as últimas a serem interrogadas e adotaram a mesma estratégia dos réus anteriores.
As investigações apontaram que Kamylla intermediou a negociação do crime, que teria rendido R$ 65 mil ao pistoleiro. Já Kayandra é ré no processo porque também teria feito uma ponte entre o pistoleiro e o gerente do Supermercado Vitória, Romário. Ela chegou a ficar foragida, mas foi presa no dia 10 de fevereiro de 2024 na zona Leste de Manaus. Kayandra teria auxílio de sua prima, Kayanne, que também teria participado da comunicação com o atirador.
Ao encerrar a audiência, o juiz Fábio Alfaia determinou novas diligências e em seguida deu prazo para o Ministério Público e para as defesas dos acusados apresentarem seus memoriais. Após, o juiz decidirá se os réus devem ir a Júri Popular. Caso condenados, os réus podem pegar até 30 anos de reclusão.
Agora os seis acusados respondem por homicídio triplamente qualificado, pois o assassinato foi praticado por motivo torpe, já o mandante arquitetou o crime porque sua esposa tinha um relacionamento com a vítima e desviava dinheiro a ele, além de ter sido por executado por meio cruel (tiros na cabeça e quantidade) e recurso que impossibilitou a defesa da vítima (ataque letal surpresa com arma de fogo).
Os promotores de justiça Rômulo Barbosa e Lilian Nara Pinheiro de Almeida são os responsáveis pelos trabalhos de acusação.
Relembre o caso
O crime contra Lucas Guimarães aconteceu no dia 1ª de setembro de 2021, quando o sargento foi assassinado no momento em que fechava a cafeteria da qual era proprietário, no bairro Praça 14, Zona Sul de Manaus.
Um homem identificado como Silas Ferreira da Silva, entrou no local e executou Lucas com disparos de arma de fogo. O militar foi atingido por três tiros na cabeça, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois.
Jordana e Joabson foram detidos dias após o crime e permaneceram presos até novembro, quando conseguiram um Habeas Corpus que revogou a prisão temporária do casal, concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Em fevereiro de 2022, o casal voltou a ser preso em uma operação deflagrada pela Polícia Civil relacionada ao crime. Em 19 de fevereiro, deixam a prisão pela segunda vez após decisão da Justiça.
Em janeiro de 2024, o Tribunal de Justiça do Amazonas rejeitou a denúncia do Ministério Público contra Jordana Azevedo Freire, que respondia em liberdade pelo processo.
Uma resposta
Era um muleke bom, mas se envolver com mulher casada pode trazer consequências, que nesse caso, foram as piores possível. Não justifica o assassinato! Mas quem entra nessa sabe que isso pode acontecer!