Fake News: Lula não mandou Exército sair da Amazônia e das fronteiras brasileiras

Fake news - Exército sairá da Amazônia

 

Posts tiram de contexto a transferência do Programa Calha Norte do Ministério da Defesa para o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional

 

Marco Faustino

  • Posts tiram de contexto a transferência do Programa Calha Norte do Ministério da Defesa para o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional;
  • Mudança não altera o papel do Exército de proteger a Amazônia e as fronteiras terrestres;
  • Gestão do programa era feita pelo Ministério da Defesa desde 1999.


É falso que, por ordem do presidente Lula, o Exército deixará de atuar na Amazônia e nas fronteiras brasileiras. As peças enganosas com essa alegação tiram de contexto a transferência de um programa do Ministério da Defesa para o MIDR (Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional). A alteração não implica a retirada de tropas da Amazônia ou das fronteiras.

Publicações que compartilham o conteúdo enganoso somavam 9.000 curtidas no Instagram até a tarde desta segunda-feira (4).

Posts enganam ao afirmar que o Exército sairá da Amazônia e da fronteira por ordem do governo Lula, o que não procede.

Posts nas redes enganam ao fazer crer que o presidente Lula ordenou que o Exército deixe a Amazônia e regiões de fronteira. Além de o Ministério da Defesa ter negado a informação falsa, Aos Fatos não identificou determinação de Lula com esse teor em busca no DOU (Diário Oficial da União) e na imprensa.

Por telefone, o Ministério da Defesa afirmou ao Aos Fatos que, conforme prevê a Constituição, as Forças Armadas permanecerão assegurando a defesa nacional, incluindo a proteção da Amazônia e regiões de fronteira.

As peças enganosas fazem alusão à transferência do PCN (Programa Calha Norte), que vinha sendo gerido pelo Ministério da Defesa desde 1999, para o MIDR a partir de janeiro de 2025. A migração, no entanto, não implica retirada de tropas da Amazônia, não altera o papel constitucional das Forças Armadas nem a atribuição do Exército de proteger as fronteiras terrestres e garantir a integridade do território nacional.

A portaria que criou o grupo de trabalho para realizar a migração foi assinada pelos ministros Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), José Múcio (Defesa) e Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos).

Na ocasião, o ministro José Múcio afirmou que a Defesa vinha fazendo um trabalho que é de desenvolvimento regional, e que as Forças Armadas deveriam trabalhar na área delas.

Finalidade
O PCN foi criado em 1985 e tem como objetivos levar desenvolvimento à Amazônia e beneficiar municípios afastados dos grandes centros urbanos e na faixa de fronteira.

O trabalho é feito por meio de obras de infraestrutura nas áreas da saúde, educação, esporte e segurança pública em parceria com os poderes Executivo e Legislativo em dez estados, sendo sete da região Norte, dois do Centro-Oeste e um do Nordeste.

O caminho da apuração
Por meio de informações fornecidas pelo governo federal, de nota enviada pelo Ministério da Defesa e de declarações dadas pelo ministro da pasta, Aos Fatos verificou que a transferência do Programa Calha Norte não altera o papel constitucional das Forças Armadas na defesa nacional. Também não significa que o Exército deixará de atuar na Amazônia.

aos fatos: – Edição: Montedo.com

3 respostas

  1. deveria sim ter na fronteira. a cada 100km um destacamento com meios necessário para segurança, como barcos e helicópteros , o que daria uma abrangência de 50km para cada posto. suporte de saúde e segurança podendo levar família ou troca da tropa cada 30 dias.

  2. Depois ficam bravo os extremistas de direita quando lhes é imputado uma punição nas redes sociais. Por isso a maioria confunde liberdade de expressão com liberdade de até ameaças.

  3. Isso acontece porque a pessoa vê uma “reportagem” (fakenews) que fale mal do seu desafeto, é só abrir essas porcarias que são enviadas nos grupos de whatsapp. Ela não quer nem saber de onde veio, ou se é verdade, simplesmente acredita porque lhe dá prazer.

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