Censura no Exército?
Wilson Lima
Militares do Exército que estão em vias de serem promovidos estão sendo obrigados a fornecer o link de suas redes sociais por determinação do comando da Força, conforme documento obtido por O Antagonista (veja abaixo).
O procedimento tem sido questionado por integrantes do Exército e é considerado pouco usual, conforme apurou O Antagonista.
Na ficha de cadastro, o candidato à promoção deve preencher dados se o militar possui rede social, qual endereço e se a página obedece aos princípios de boas práticas determinadas pela Portaria EME/C 453 de 19 de julho de 2021 e também o que preceitua o Caderno de Boas Práticas no Uso das Redes Sociais, publicado no início deste ano.
No ano passado, o comandante-geral do Exército, general Tomás Paiva, reforçou a todos os oficiais e sargentos a orientação de que militares não podem vincular seus cargos e patentes nas suas redes sociais. A ideia desse tipo de recomendação, segundo orientações passadas pelo comandante-geral, é evitar que manifestações de caráter pessoal sejam interpretadas como opiniões oficiais do Exército Brasileiro.
As boas práticas do Exército para uso das redes sociais
No caderno de boas práticas, o Exército afirma que “o líder militar deve conhecer profundamente o contexto em que atua, cercando-se de assessores zelosos que não sejam meros repetidores de opiniões alheias, amplamente disseminadas nas redes sociais.”
“(O militar deve) intensificar ações com o intuito de orientar, continuamente, os integrantes da instituição sobre a ética no mundo digital para o correto uso das redes e mídias sociais, com base nas normas e deveres dos militares”, afirma o caderno de boas normas.
Internamente, no entanto, a requisição de dados sobre redes sociais dos integrantes do Exército foi visto como uma tentativa de censura e de monitoramento prévio dos militares que buscam promoção, conforme apurou este portal junto aos militares.
Em fevereiro de 2023, as contas oficiais do Exército no Twitter, Instagram e Facebook tiveram os comentários temporariamente. A medida foi tomada devido à enxurrada de críticas à instituição.
Um militar conquista uma nova patente com base em critérios como antiguidade, bravura ou admissão por concurso interno. Os oficiais são apenas 15% da tropa; os demais integrantes, de soldados a suboficiais, eles somam 85% dos militares.
O Antagonista – Edição: Montedo.com
11 respostas
O que vejo de rede social de militar ostentando farda nas suas contas, acho que a conduta é ótima, para ver se ao invés de elevar o nome da instituição a pessoas se vale dela para ganho pessoal ou até para manifestações políticas. Qualquer um que entrar agora no Instagram, por exemplo, e digitar algo neste sentido verá inúmeros perfis assim.
Agora os que carregam malas excluíram todas suas redes, Duvidam?
Aque pontos chegamos.
Isso é coisa de Exército Imperialista.
Comandante do Exército faz designação impressionante: o envio de militares para servir oficiais em seus clubes privados.
O Exército faz suas próprias Leis.
Tão de sacanagem
Não e censura, como existem vários militares se utilizando do posto e graduação para a política, existem vários se utilizando de suas contas usando o nome das forças para objetivos particulares. Certíssimo!
e os PUXA SACOS continuamm…..
Não entendi essa reportagem… Desde que entrei para a Marinha, a quase 20 anos, é de preenchimento obrigatório um questionário para investigação ao qual deve-se informar as redes sociais. O EB so esta fazendo este tipo de investigação agora??? Ou apenas agora que alguns estão querendo holofote pra palhaço.
Certíssimo meu caro! Esses bozóides querem lacrar. A ficha de IS sempre teve isso, só que agora para promover eles estão nessa aí. Na MB, por exemplo, para ser promovido na área de enfermagem é requisito ter inscrição nos COREN. Não tem nada de esdrúxulo ou censura nisso.
Notaram que é para promoção de oficiais? E não serve pra nada, todos serão coronéis um dia.