Carne de anta e queixada foi apreendida durante abordagem do 4º Pelotão Especial de Fronteira
Marcelo Barros
Em mais uma ação estratégica contra crimes ambientais, o Comando Militar da Amazônia (CMA) apreendeu cerca de uma tonelada de carne de caça ilegal no Vale do Javari, região de fronteira com o Peru. A apreensão ocorreu durante uma abordagem fluvial do 4º Pelotão Especial de Fronteira (PEF) como parte da Operação Escudo, que reforça a presença do Exército Brasileiro em áreas remotas e vulneráveis da Amazônia.
Detalhes da Operação e apreensão da carne de caça
A apreensão de aproximadamente uma tonelada de carne de anta e queixada ocorreu durante uma abordagem do 4º Pelotão Especial de Fronteira (4º PEF), unidade subordinada ao Comando de Fronteira Solimões/8º Batalhão de Infantaria de Selva (8º BIS). A operação foi conduzida no Posto de Controle e Fiscalização Fluvial do 4º PEF, um ponto estratégico de fiscalização situado na calha do rio Javari, que faz a divisa do Brasil com o Peru e está próximo da Terra Indígena Vale do Javari.
Os militares localizaram o material ilícito escondido sob estrados na embarcação, uma técnica comumente utilizada para evitar detecção. Após a apreensão, um termo de apreensão foi lavrado e a carne foi descartada conforme os protocolos ambientais. A ação ilustra o empenho do Exército em impedir o comércio ilegal de carne de caça, que prejudica o equilíbrio ambiental e põe em risco espécies vulneráveis da fauna amazônica.
Ações permanentes da Operação Escudo no Vale do Javari
A apreensão faz parte da Operação Escudo, uma ação permanente do Comando Militar da Amazônia (CMA) voltada ao combate de crimes ambientais e ilícitos transfronteiriços. Com atividades ininterruptas durante os 365 dias do ano, a operação posiciona unidades do CMA em áreas estratégicas da Amazônia para intensificar a fiscalização e coibir atividades ilegais que ameaçam tanto o meio ambiente quanto a segurança das fronteiras nacionais.
A operação é conduzida por Pelotões Especiais de Fronteira (PEF) distribuídos em pontos críticos, como o 1º PEF em Palmeiras do Javari, o 2º PEF em Ipiranga e o 3º PEF em Vila Bittencourt, além do 4º PEF em Estirão do Equador, responsável pela recente apreensão. Essas unidades atuam em estreita cooperação com outras forças de segurança e órgãos ambientais, promovendo uma defesa abrangente dos recursos naturais e das comunidades que vivem na região.
Importância da atuação do CMA na proteção da Amazônia
A atuação do CMA na região amazônica vai além do combate a ilícitos; ela reforça a soberania brasileira em uma das regiões mais sensíveis e ricas em biodiversidade do mundo. A presença constante dos Pelotões Especiais de Fronteira contribui para a segurança de áreas indígenas e a preservação da fauna e flora, ao mesmo tempo em que protege a Amazônia de atividades ilegais como a caça predatória e o tráfico de recursos naturais.
O combate ao comércio de carne de caça ilegal é uma das prioridades do CMA, devido ao impacto ambiental que gera e à ameaça à sobrevivência de espécies nativas. O Vale do Javari, em particular, é uma área de importância ambiental e social, que abriga uma das maiores concentrações de povos indígenas isolados do mundo. A atuação do CMA e a continuidade da Operação Escudo demonstram o compromisso das Forças Armadas com a proteção do território e a defesa da Amazônia, assegurando que a região permaneça sob a salvaguarda da soberania nacional e de políticas de preservação.
DEFESA EM FOCO
2 respostas
Estive por aí, 1 PEF, 85/86. EB raiz.
Terra Indígena do Vale do Javari… isso é uma vastidão, é muito longe dos grandes centros, das capitais. Não tem supermercados, restaurantes. É carne de macaco, cateto, anta, caranguejo. Agora terão que gastar R$ 10 milhões para levar cestas básicas para as famílias que não terão o que comer.