Exército constrói novo destacamento para combater garimpo ilegal na Terra Yanomami

Construção DEF Terra Yanomami

 

Novo destacamento contará com um pelotão de 40 militares, que podem chegar a 100
Marcelo Barros
Em uma resposta direta à crescente ameaça do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY), o Exército Brasileiro iniciou a construção de um Destacamento Especial de Fronteira (DEF) estratégico em Waikás, às margens do rio Uraricoera. Com o apoio do Comando Militar da Amazônia (CMA), a nova base visa fortalecer a presença do Estado na região, combatendo crimes ambientais e protegendo a integridade do território e de suas comunidades indígenas.

Estratégia e importância do novo destacamento em Waikás
A escolha de Waikás para sediar o novo Destacamento Especial de Fronteira não foi por acaso. Localizada em uma área estratégica no rio Uraricoera, a região é um ponto crucial de acesso às áreas afetadas pelo garimpo ilegal. A construção do DEF visa facilitar a atuação das forças de segurança na região, permitindo uma resposta mais rápida e eficaz às atividades criminosas que ameaçam o meio ambiente e a saúde das comunidades indígenas locais.

A estrutura do novo DEF foi projetada para abrigar até 100 militares e agentes, contando inicialmente com um pelotão composto por cerca de 40 militares. Essa presença reforçada possibilitará uma vigilância constante e ações mais coordenadas para combater o garimpo e outros crimes transfronteiriços, colaborando para a preservação da Terra Indígena Yanomami. A iniciativa do Exército Brasileiro demonstra um compromisso contínuo com a proteção do patrimônio natural e cultural da Amazônia, enfrentando um dos maiores desafios de segurança ambiental da região.

Operação Catrimani II e a logística de construção
Um dos principais desafios na construção do destacamento é o difícil acesso à área de Waikás, o que complica a logística de transporte de materiais e equipamentos. A superação deste obstáculo foi possível graças à Operação Catrimani II, uma ação coordenada pelo Comando Operacional Conjunto que envolve as Forças Armadas e outras agências governamentais.

No dia 12 de outubro, a operação executou uma manobra logística de alta complexidade ao transportar uma retroescavadeira de 2,7 toneladas para o local, utilizando um helicóptero H-36 Caracal da Força Aérea Brasileira. O equipamento foi transportado como carga externa por aproximadamente 180 km, em uma operação que exigiu o reabastecimento da aeronave durante a ida e a volta em uma base logística intermediária, também operada pela Operação Catrimani II. A retroescavadeira será essencial para adaptar o terreno e acelerar a construção do DEF, representando um exemplo do esforço conjunto para superar os desafios logísticos na região.

Impacto do Novo DEF na Proteção da Terra Indígena Yanomami
A ativação do DEF em Waikás representa um passo significativo para aumentar a presença do Estado na fronteira e reforçar a segurança na Terra Indígena Yanomami. Ao atuar diretamente nas áreas onde se concentram as atividades ilegais, o destacamento permitirá uma ação mais efetiva e contínua no combate ao garimpo. Isso não apenas protegerá o meio ambiente e as reservas naturais, mas também garantirá a segurança e a integridade das comunidades indígenas que habitam a região.

A construção do DEF faz parte de um esforço mais amplo, coordenado pelo Comando Militar da Amazônia, em parceria com a Casa de Governo de Roraima e diversas agências. Essa colaboração busca enfrentar não só o garimpo ilegal, mas também outras ameaças transfronteiriças que afetam a Amazônia, como o tráfico de drogas e a exploração ilegal de recursos naturais. A presença permanente das forças de segurança na região promoverá um ambiente mais seguro e sustentável, contribuindo para a preservação da biodiversidade e o respeito aos direitos das populações tradicionais que habitam a Terra Indígena Yanomami. (EB)
Defesa em Foco – Edição: Montedo.com

 

Uma resposta

  1. Está cheio de Herói fake, militar fake, os famosos Guerreiros de carro com ar condicionado, mas na hora que a nação precisa de miliares de verdade para guarnecer as regiões Longínquas no meio da selva Amazônica, onde tem FARC, NARCO doenças regionais, sem hospitais e conforto, nessa hora só existe o EXÉRCITO, o resto são forças auxiliares, mas Ninguém sabe auxiliares de quem pois ultimamente estão auxiliando tudo, trafico, milicias, Políticos, menos a nação e aos exército….

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