Turquia investe pesadamente na indústria de defesa para reduzir dependência de países estrangeiros
O ministro da Defesa, Yaşar Güler, afirmou nesta quarta-feira que a Turquia consegue produzir quase tudo o que precisa em suas instalações da indústria de defesa.
“Isso é uma grande vantagem para o nosso país e para as Forças Armadas Turcas”, disse Güler ao canal de notícias Habertürk.
A Turquia tem investido pesadamente na indústria de defesa para reduzir sua dependência de países estrangeiros e se posicionar como um ator-chave no mercado global de armamentos. Como resultado desses esforços, as exportações da indústria de defesa e aeroespacial turca atingiram um recorde de US$ 5,5 bilhões no ano passado, subindo de US$ 4,4 bilhões em 2022.
Os gastos militares do país totalizaram US$ 15,8 bilhões no ano passado, ocupando o 22º lugar no ranking mundial, subindo uma posição em relação a 2022.
Sobre as operações antiterrorismo da Turquia contra organizações terroristas como o PKK, Güler afirmou que diversos países no mundo são fontes de apoio a essas organizações, e que o PKK foi trazido à Turquia dessa forma. “Mas acreditamos que, não importa quem os apoie, vamos enterrá-los nas páginas da história o mais rápido possível”, declarou.
“Por cerca de oito anos, nossas unidades têm lutado heroicamente nas áreas de base. Tornamos a organização terrorista completamente indefesa. Uma luta muito eficaz continua com as atividades bem-sucedidas de nossas forças de segurança”, acrescentou.
Güler também fez um apelo aos terroristas para que se rendam à justiça turca, pois esse é o “fim inevitável” para eles. “Este ano, vimos muitos terroristas fugirem da organização. Os soldados turcos não levantaram as mãos contra ninguém que se entregou”, afirmou.
Em sua campanha de quase 40 anos de terror contra a Turquia, o PKK—listado como organização terrorista pela Turquia, pelos EUA e pela União Europeia—foi responsável pela morte de mais de 40.000 pessoas, incluindo mulheres, crianças e bebês.
Quando questionado sobre o andamento da criação de um centro de operações conjuntas com as autoridades iraquianas contra o PKK, Güler respondeu que tudo está de acordo com o plano. Ele destacou que o governo iraquiano proibiu três partidos fundados pelo PKK no país e confiscou seus bens, e que uma reunião com autoridades iraquianas ocorrerá em breve em Ancara.
Sobre o processo de aquisição de caças F-16 pela Turquia, Güler disse que as negociações com os EUA têm sido positivas, mas que ainda não chegaram ao fim. A Turquia pretende comprar 40 F-16 Viper Block 70 e também munições associadas. Além disso, Güler comentou que as negociações para a compra de aeronaves Eurofighter estão próximas de um desfecho, com apoio positivo de três países parceiros do Eurofighter, incluindo a Alemanha.
FONTE: www.hurriyetdailynews.com
FORÇAS TERRESTRES – Edição: Montedo.com
4 respostas
Agora a pergunta que não quer calar?! Essas empresas turcas de defesa nacional são privadas ou estatais do governo?! A minha opinião, são estatais. Estamos vendo aqui no Brasil o caso da Avibras, empresa privada que fabrica e desenvolve tecnologia na área de defesa. Como as FA brasileiras não são prioridade, e está correta essa avaliação, devido a inexistência de inimigos externos, os nossos inimigos externos hoje são narcotraficantes que atuam na área fronteiriça sem apoio de nenhuma tecnologia e muito mais parecendo um exército mambembe. Bem, voltando ao caso da Avibras, o mercado de defesa internacional é competitivo e briga de cachorro grande, disputando mercado com países como EUA, França, Israel, entre outros, a empresa está para ser vendida para a China. Estatizar a empresa?! Nem pensar.
Empresa estatal aqui é cabideiro politico, privatização do patrimônio publico. No caso da AVIBRAS deve haver alguma interferência politica ou das FFAAs, alguma quebra de contrato, algo ainda não muito bem esclarecido para essa dívida de R$ 700 milhões. Quanto a inimigos externos isso é casual, pode acontecer quando menos se espera e, para governos que entregam a Amazônia, por exemplo, à 100 mil ONGs internacionais com direito de ir e vir, cria reservas ambientais expropriando quem já vive nas terras há mais de 40 anos, combate o garimpo local em beneficio de reservas para grupos estrangeiros, exporta madeiras em volume recorde para União Europeia, Canadá e EUA, quem precisa de inimigo externo?
Essa conversa de “base industrial de defesa” vai longe, incluindo a poderosa Marinha do Império, A Usina de Volta Redonda, a destruição das redes ferroviárias, impedimento de uso de recursos minerais pelos nacionais, FIAT, IVECO, KRUPP, Usinas Nucleares, etc.
E o que i Brasil deveria fazer, produzir seu material bélico.