Múcio diz que Forças Armadas reforçaram fronteira com a Venezuela e estão preparadas para ‘tudo’

PACARAIMA

Apesar disso, o ministro da Defesa disse acreditar que o acirramento das tensões políticas entre os venezuelanos não deve afetar a fronteira brasileira
Renan Truffi e Fabio Murakawa, Valor — Brasília
O ministro da Defesa, José Múcio, disse hoje, que a fronteira entre Brasil e Venezuela está “preparada para qualquer evento”. Segundo ele, o Exército e Marinha do Brasil reforçaram seus contingentes na região e estão prontos para “tudo”. Apesar disso, Múcio disse acreditar que o acirramento das tensões políticas entre os venezuelanos não deve afetar a fronteira brasileira.

“Nós temos fronteiras com dez países, a mais difícil no momento, por questões políticas deles, é a Venezuela. Nós estamos preparados para defender a integridade do território nacional”, disse o ministro.

“Nós não precisamos de uma defesa preparada e competente pra atacar ninguém. Nós optamos por uma defesa pra dizer ‘não’, ‘aqui não entra’, ‘aqui não passa’, ‘aqui é território do povo brasileiro’. Nós temos feito isso. A nossa fronteira com Venezuela está bastante preparada pra qualquer evento. Temos lá blindados, reforçamos o pessoal do Exército, da Marinha. Estamos todos lá torcendo para que nada aconteça. Não vai acontecer, mas temos que estar preparados pra tudo”, complementou José Múcio.

O ministro comentou o assunto durante a comemoração dos 25 anos do Ministério da Defesa, ao ser perguntado sobre as tensões políticas no país vizinho. Recentemente, a oposição venezuelana convocou novos protestos diante da decisão do Tribunal Superior de Justiça (STJ) da Venezuela de ratificar o resultado da eleição presidencial anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) — que declarou Nicolás Maduro como o vencedor da disputa, sem apresentar as atas eleitorais.

Sob pressão da oposição, que o acusa de ter fraudado as eleições de 28 de julho, Maduro anunciou esta semana uma grande mudança em seu Gabinete, com alterações em cargos-chave. Uma das mudanças mais significativas foi na liderança da estatal Petróleos de Venezuela S.A. (PdVSA). As mudanças ampliam o poder de conhecidos políticos de linha dura do chavismo.

Para piorar a situação, a oposição venezuelana denunciou, ontem, o suposto sequestro de Perkins Rocha, porta-voz da campanha de Edmundo González, que disputou as eleições presidenciais contra Maduro.

María Corina Machado, líder da oposição, acusou o regime venezuelano de estar por trás do evento. “Perkins é nosso advogado pessoal, nosso coordenador jurídico e representante perante a CNE. Um homem justo, corajoso, inteligente e generoso. Um venezuelano exemplar”, escreveu Corina, nas redes sociais.

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2 respostas

  1. O manequim de funerária ( Múcio ) é apenas uma figura decorativa, isso tudo não passa de teatro, já que o Barba é amigo do Maduro, nada acontecerá.

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