Decisão judicial apontou ligação entre Tucson e HBR, que tem contratos com PMs e militares; avião do PCC foi apreendido em hangar em SP
Eduardo Barretto
A Tucson Aviação, que teve em seu hangar um avião do Primeiro Comando da Capital (PCC) apreendido pela Polícia Civil de São Paulo neste mês, é ligada à HBR Aviação, empresa que possui contratos de R$ 44 milhões com Aeronáutica, Exército e Polícias Militares de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
A ligação entre as duas empresas consta de uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) em 2018. Na ocasião, um ex-funcionário disse que foi contratado pela HBR, mas era orientado a trabalhar nas dependências da Tucson. O juiz Fabio do Nascimento Oliveira concordou com o relato e afirmou que é “fato incontroverso” que a Tucson e a HBR “integram grupo econômico”. Na ocasião, as companhias foram condenadas.
Outro sinal da proximidade entre as empresas é que o dono da Tucson, Marco Antonio Audi, tem entre seus advogados Nilton Alexandre Severi, um dirigente da Pacalu, acionista da HBR Aviação.
Em 2014, Audi foi condenado por crime falimentar. A Justiça de São Paulo apontou que Audi cometeu fraudes contra credores. Como mostrou a coluna, o empresário deve R$ 147 milhões à União.
A HBR Aviação tem pelo menos R$ 44 milhões em contratos com o poder público. São R$ 16,7 milhões com Aeronáutica e Exército; R$ 10,3 milhões com o governo paulista, incluindo a Polícia Militar; R$ 11,2 milhões com o governo mineiro, incluindo a PM; e outros R$ 5,9 milhões com a Polícia Militar do Rio de Janeiro.
Procurada, a PM de São Paulo afirmou que a empresa presta serviços de manutenção em um helicóptero da corporação. “O contrato foi firmado seguindo o processo legal de licitações e divulgado de forma transparente no Diário Oficial do Estado.” A PM fluminense afirmou que contratou a HBR em licitação regular. “A corporação, assim como entes das Forças Armadas e diversas corporações militares do país, possui contrato de manutenção com a HBR”, acrescentou.
A Tucson, o Exército, a Aeronáutica e a PM de Minas Gerais não responderam. O espaço segue aberto a eventuais manifestações.
No último dia 7, a Polícia Civil de São Paulo apreendeu o avião do PCC, em nome da Pablito Aviation, no hangar da Tucson Aviação, representante no Brasil da Robinson Helicopter Company, principal fabricante de helicópteros do mundo. O hangar é o maior do aeroporto Campo de Marte.
A apreensão do avião do PCC mirou empresas que já haviam sido alvos da Polícia Federal no mês anterior. A PF investigava traficantes que usavam jatinhos para transportar bilhões em cocaína para cartéis mexicanos. Na ocasião, foi preso Ronald Roland, suspeito de lavar dinheiro do narcotráfico, incluindo o PCC. Na lista da Interpol, Roland foi preso no Guarujá (SP) depois que sua esposa compartilhou a localização do casal nas redes sociais.
Guilherme Amado (METRÓPOLES) – Edição: Montedo.com
2 respostas
Eu não estou fazendo defesa dessa empresa e nem quero fazer em primeiro lugar e muito menos das FA e as Forças de segunda estaduais! Mas vamos lá, vamos explicar para o jornalista com em teoria funciona uma empresa e o mercado. Senhor jornalista, se eu tenho uma empresa e o estado abre licitação para um serviço q minha empresa tem condições de fazer, e o lógico q a empresa e seus sócios e donos vão participar dessa licitação! De novo, se eu sou um empresário e tenho uma empresa e me bate na porta um qualquer me pedindo para eu fazer o serviço q eu ofereço no mercado, e o lógico q eu vou prestar esse serviço para esse qualquer e pela logia ele vai me pagar pelo servico q eu prestei a ele. E assim q funciona no mercado, no mundo empresarial, no capitalismo. Vc senhor jornalista, vc escreve, busca a informação de graça?…. para o jornal ou o meio de comunicação q vc Trabalha?…. Vc se alimenta?… Vc bebe água?… vc tem família para sustentar?….. ou vc é um robô com uma IA super avançada?. Kkk
Ou, parece q tem explicar para certas pessoas como Se explica para uma criança de 7 a 9 anos como funciona as coisas.
Agora, quem quer fazer a defesa da empresa, das forças de segurança q fique a vontade ou mesmo do jornalista autor da matéria!
Kkkk.tem uma base aérea aí de caça, que militares do rancho estão trabalhando 3 horas por dia na surdina e indo embora cuidar dos seus negócios particulares…cadê os A2 kkkk