Forças Armadas lançam um milhão de litros de água na região do Pantanal

KC-390 em combate a incêndio no Pantanal

 

Ação  emprega 470 militares, 136 viaturas, 42 embarcações e oito aeronaves

Mariana Vicara

A soma de esforços entre as Forças Armadas resultou, nesta sexta-feira (16/8), na marca de um milhão de litros de água lançados na região pantaneira de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Para tanto, foram realizados cerca de 80 voos de  aeronaves que possuem modernos sistemas de abastecimento de água. Tais métodos focaram em pontos estratégicos dos incêndios, em regiões que – não fosse esse auxílio, não seria possível a atuação dos brigadistas civis. Com a iniciativa, a Defesa visa preservar a biodiversidade da região e proteger as comunidades locais a fim de minimizar os impactos ambientais.

A ação, coordenada pelo Ministério da Defesa, e em atuação por meio do Comando Operacional Conjunto, conta com o emprego de 470 militares, 136 viaturas, 42 embarcações e oito aeronaves. Além disso, a Operação já registrou 130 missões de reconhecimento por meio terrestre, aéreo e, também, fluvial.

A aeronave KC-390 Millennium, da Força Aérea Brasileira (FAB) utiliza o Sistema Modular Aerotransportável de Combate a Incêndios (MAFFS, do inglês Modular Airborne Fire Fighting System ) para contribuir na contenção das chamas. Tratam-se de tubos que projetam água pela porta traseira esquerda do avião, podendo descarregar até três mil galões – aproximadamente 12 mil litros de água, em áreas de incêndio. Também são usados os helicópteros Pantera (Exército Brasileiro) e Esquilo (Marinha do Brasil) com o método chamado Bambi Bucket – dispositivo em forma de “bolsa” que permite que os operadores dessas aeronaves cheguem mais perto do fogo e despejem, com precisão, até 700 litros de água coletados dos lagos ou rios.

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Na última quinta-feira (15) uma anta foi resgatada a cerca de 215 km de Cuiabá. O animal teve as patas queimadas em consequência do fogo, mas foi prontamente atendida pela equipe do Comando Conjunto. Ela foi levada para a base Jaguar e passou por cuidados veterinários.

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Base Jaguar

A Base de Apoio Logístico Jaguar, fixada às margens da Rodovia Transpantaneira, foi construída com o objetivo de prestar apoio logístico aos combatentes do fogo. O local possui sala de situação, postos médico e de rádio, cozinha de campanha, depósito, refeitório, estrutura de higiene e alojamento para 100 brigadistas do Corpo de Bombeiros Militar (CBM/MT), ICMBio e Ibama.

Foram instalados os Terminais Transportáveis Telebrás por Satélite (T3Sat), antenas que fornecem acesso à internet. O modem tem conexão via Wi-Fi, que pode ser utilizada em aparelhos celulares e computadores . Também há uma estruturação de logística para posicionar um helicóptero, visando agilizar o deslocamento dos agentes.

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Recentemente, os militares passaram a empregar material de engenharia para criar barreiras naturais (aceiros) e impedir o alastramento dos incêndios no norte do estado do Mato Grosso do Sul. O Exército utilizou cinco tratores com pás para produção de linhas de defesa ao longo da mata.

A Operação – Desde o dia 27 de junho deste ano – e em concordância com a Portaria nº 3.179, do MD, militares da Marinha, Exército e Aeronáutica permanecem na região pantaneira a fim de apoiar a logística das equipes de brigadistas presentes nas áreas consideradas de difícil acesso. O documento prevê a atividade das Forças na região por um período de até quatro meses.

DEFESA – Edição: Montedo.com

Uma resposta

  1. Muito bacana. Boa sorte na missão aos camaradas na ponta da linha. Enquanto isso em Brasília, todas as outras categorias já estão com o seu reajuste garantido em 2025/2026 e as FAA lutando para ter dinheiro para manter o expediente. A população não gosta de nós, a esquerda não gosta , a direita não gosta, TCU querendo acabar com a previdência diferenciada, inflação correndo nossos salários impiedosamente, imprensa achando que todo mundo das FAA ganha igual OF. Gen. e com os mesmos benefícios. Olha, sinceramente, não sei o que pensar sobre o futuro. Situação degradante e humilhante para quem um dia achou que valia a penar seguir carreira nas FAA…estou juntando os cacos e voltando aos estudos depois de 15 anos de carreira, e aos mais jovens na profissão recomendo o mesmo.

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