IA e lasers: conheça o supercaça que promete ser o futuro da guerra pelo ar

Protótipo do supercaça Tempest
Imagem: Reprodução/BAE Systems

 

Tempest será o caça com mais tecnologia disponível para fins militares

Giovanna Arruda
Colaboração para o UOL
Inicialmente anunciado em 2022, o caça Tempest foi exposto na renomada feira Farnborough Airshow, que aconteceu semana passada, em Londres. O projeto é uma parceria entre Reino Unido, Itália e Japão e promete inovar a tecnologia e a potência dos caças supersônicos – aqueles que voam mais rápido do que a velocidade do som – utilizados em atividades militares.

Como é o Tempest, caça de sexta geração
Caça deve entrar em serviço em 2035. O Tempest terá as turbinas construídas pela gigante britânica Rolls-Royce e está sendo desenvolvido para substituir os caças F2 e Eurofighter Typhoon.

O Tempest tem dez vezes mais potência elétrica do que as aeronaves de combate atuais. A alta potência permitiria ao caça alimentar armas de energia direcionada, como lasers, de acordo com portais como New Atlas e Interesting Engineering. Detalhes específicos sobre velocidade e quanto armamento poderá ser carregado ainda não foram fornecidos pelos fabricantes.

Discrição nos ares
A tecnologia usada neste avião fará com que ele fique praticamente “invisível” no ar, driblando radares e deixando menos resquícios de calor, que também são detectáveis por inimigos.

Sistema de armas inteligente
Utilizando inteligência artificial e a tecnologia de aprendizado da máquina, o sistema da aeronave poderá explorar informações do caça para maximizar o efeito que suas armas podem ter.

Cockpit digital
A partir de orientação por software, o cockpit interativo permite que os pilotos usem simples gestos para controlar o caça. A realidade virtual e aumentada exibe dados importantes diretamente nos olhos do piloto.

Radar da próxima geração
O radar utilizado no Tempest fornece 10.000 vezes mais dados do que os sistemas atuais, o que é considerado pelos responsáveis um fator determinante em eventuais conflitos.

Potência eficiente
O primeiro gerador de partida elétrica do mundo economiza espaço e é capaz de entregar a grande quantidade de potência necessária para colocar o caça em ação.

Sistemas adaptáveis
Uma arquitetura de sistema aberta permite que mudanças sejam realizadas de forma rápida e fácil, adaptando o caça a diferentes missões.

Sensores integrados
Informações vitais são fornecidas ao piloto por meio de um sistema que integra os sensores e os sistemas de comunicação do caça.

Design aperfeiçoado

Tempest será o caça com mais tecnologia disponível para fins militares Imagem: Reprodução/BAE Systems

O modelo do Tempest apresentado em Londres conta com um design mais evoluído e envergadura maior do que a imaginada em conceitos anteriores. Segundo a BAE Systems, o ajuste foi feito “para melhorar a aerodinâmica das futuras aeronaves de combate”.

Principais forças aéreas mundiais contam com caças de quinta geração
Modelos utilizados por países como Estados Unidos, China e Rússia seriam ultrapassados pela tecnologia do Tempest. Ainda não foi definido se o GCAP tem a intenção de exportar o caça.

Quem financia?
Caça foi exibido em evento especial do segmento. A feira Farnborough Airshow é conhecida pelos amantes da aeronáutica e reúne os principais executivos de companhias aéreas e fabricantes de aeronaves, como a Boeing e a Airbus. Na atual edição, em Londres, empresas do Reino Unido, Itália e Japão, as três nações do Programa Global de Combate Aéreo (GCAP, na sigla em inglês), revelaram um “novo modelo conceitual de sua próxima geração de aeronaves de combate”, batizado de Tempest.

Empresas especializadas são responsáveis pelo desenvolvimento do Tempest
A empresa BAE Systems representa o Reino Unido, a Leonardo representa a Itália e a Mitsubishi Heavy Industries é o braço japonês no projeto. De acordo com a BAE Systems, o Reino Unido é o principal financiador e beneficiário do projeto.

Parceira e tecnologia
Para alcançar os níveis inéditos de tecnologia previstos para o Tempest, as empresas envolvidas no GCAP uniram esforços na aplicação de diversas ferramentas digitais e técnicas inovadoras, como a modelagem baseada em computador e a realidade virtual para aprimorar o design da aeronave. Segundo Guglielmo Maviglia, representante da italiana Leonardo, os três países, por meio de seus governos e suas empresas indicadas, têm demonstrado comprometimento mútuo no projeto. “Cada um [dos países envolvidos] traz qualidades e requisitos diferentes, porém complementares. Agora, nós estamos trabalhando de perto para trocar conhecimento, endereçar desafios em comum e atingir objetivos em comum”, declarou ao portal da BAE Systems.

Retorno financeiro e geração de empregos
Segundo a BAE Systems, o desenvolvimento do Tempest irá render ao Reino Unido cerca de 37 bilhões de libras esterlinas (quase R$ 270 bilhões) até 2070. Além da expressiva quantia em dinheiro, há previsão positiva também na geração de empregos. De acordo com a BAE, serão gerados aproximadamente 16.000 empregos anualmente na próxima década, envolvendo profissionais dedicados ao design, desenvolvimento, produção, manutenção e apoio ao projeto.
UOL

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