Praças acusam ministro da Defesa de desconsideração por não ter participado em reunião sobre salários

Presidente de Portugal passa tropa em revista

 

Praças das forças armadas portuguesas consideraram a não presença de Nuno Melo em reunião negocial uma “desconsideração” do seu trabalho e criticaram a falta de propostas concretas sobre as remunerações dos militares.

 

Agência Lusa
Lisboa (PT) – A Associação de Praças (AP) acusou esta quinta-feira o ministro da Defesa, Nuno Melo, de desconsideração pelo facto de o governante não ter estado presente numa reunião no Ministério sobre salários, queixando-se que não foi apresentada qualquer proposta concreta.

Num comunicado intitulado “Reunir para quê?”, a Associação de Praças refere que na quarta-feira foi convocada para uma reunião, à semelhança da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) e a Associação Nacional de Sargentos (ANS) no Ministério da Defesa, na qual foram recebidos pelo secretário de Estado Adjunto e da Defesa, Álvaro Castelo Branco.

“Consideramos uma desconsideração, que não tenhamos sido recebidos pelo ministro da Defesa Nacional, à semelhança do que tem acontecido com outros representantes de trabalhadores, nomeadamente as forças e serviços de segurança que foram recebidos pela ministra da Administração Interna. Exigimos o mesmo tratamento”, criticam no comunicado.

Segundo a Associação de Praças, o secretário de Estado terá dito nesta reunião que queria ouvir os dirigentes militares, tendo a associação respondido que os interessados em ouvir eram os praças, uma vez que foram convocados.

“Importa referir que um mês e meio antes numa reunião com o mesmo secretário de Estado apresentámos o nosso caderno de preocupações e soluções, pelo que não havia nada que podíamos dizer de novo”, escrevem.

De acordo com a associação, o governante “não disse nada de concreto sobre salários e remunerações dos militares, nem a forma como poderá acontecer qualquer melhoria das remunerações”, apelando para que o final de um eventual diploma legislativo não seja acrescentada a frase habitual “foram ouvidas as Associações Profissionais de Militares”.

“A Associação de Praças reiterou o direito que nos assiste para negociar a valorização dos salários e das remunerações com os responsáveis pelo ministério da Defesa Nacional. Só com essa negociação, com a associação representativa da categoria de Praças das Forças Armadas, é que se poderá falar de um processo negocial. Sem isso, não há qualquer negociação”, sublinham.

Esta quinta-feira, também a Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) e a Associação Nacional de Sargentos (ANS) manifestaram desilusão após uma reunião com o secretário de Estado da Defesa sobre remunerações, apelando a uma “verdadeira e legítima ronda de negociações” com o ministro, à semelhança das forças de segurança.

Numa iniciativa em Torres Vedras, o ministro da Defesa, Nuno Melo, disse esta quinta-feira que poderá haver “muito em breve” atualizações salariais para os militares, a quem pediu para esperarem “uns dias” por resultados, escusando-se a fazer promessas.

OBSERVADOREdição: Montedo.com

8 respostas

  1. Enquanto isso no Brasil, estamos aguardando a divulgação do reajuste para os Militares, mês de Julho findando…..
    A maioria dia civis da União já estão na zona de Conforto, com acordos de 9% Para 2025 E 5 % Para 2026, com categorias com índices bem maiores.
    O Prazo Para Nos Incluir No Orçamento Do Próximo Ano Está Se Esgotando, Tic Tac…. Tic, tac..

  2. Da a impressao que mucio nao tem voz ativa, que segue uma cartilha. Se realmente for isso, o Presidente da Republica precisa estar ciente.

  3. Com toda razão!
    Praças são tratados com discriminações e falta de respeito!
    Isto é falta de vergonha na fuça, do Ministro da Defesa e dos comandantes de cada força!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *