General Tomás integrou a comitiva presidencial que chegou ao Rio Grande do Sul em 5 de maio para acompanhar os estragos da devastação no estado
LARYSSA BORGES
O presidente Lula é só elogios ao comandante do Exército, general Tomás Paiva, que coordena a operação de guerra montada pela corporação para resgatar vítimas das fortes chuvas e inundações que já deixaram 136 mortos, 141 desaparecidos e cidades inteiras varridas do mapa no Rio Grande do Sul. Desde o voo que, no último dia 5, levou o petista e uma comitiva de 13 ministros aos municípios atingidos e ofertar ajuda a prefeitos, Lula não poupou observações positivas a Paiva, a quem tem atribuído características como eficiência, discrição e respeito ao jogo democrático. O próprio Tomás estava no voo.
Interlocutores que presenciaram as loas ao general não deixaram de notar que o petista faz questão de diferenciar a postura do comandante da politização que tomou as Forças Armadas durante o governo de Jair Bolsonaro e fermentou em parte da caserna aspirações golpistas. Paiva já era apontado, ainda na transição do governo, como um eventual canal de contato para distensionar a relação do então presidente eleito com os militares.
Também atuou junto ao Executivo e ao Judiciário como termômetro do escândalo envolvendo o ex-ajudante de ordens Mauro Cid ao desqualificar as alegações do tenente-coronel de que, como subalterno de Bolsonaro, a ele só cabia cumprir ordens – ainda que esdrúxulas ou ilegais. Paiva foi ajudante de ordens de Fernando Henrique Cardoso e repetia à exaustão que sabia que limites o titular de um posto como aquele não poderia ultrapassar.
Na tragédia climática no Rio Grande do Sul, pelos cálculos do comandante do Exército, o contingente da força na região, formado por mais de 20.000 militares, já atuou diretamente no resgate de mais de 60.000 pessoas. Em meio à consternação causada pela destruição no sul do país, Tomás Paiva foi alvo de uma fake news que alegava que, em vez de socorrer a população gaúcha em necessidade, ele estaria em uma viagem à China confraternizando que integrantes do regime comunista.
Ex-chefe de gabinete do general Villas Boas, expoente da corporação que, às vésperas do julgamento de um habeas corpus que poderia beneficiar Lula na Lava-Jato, tuitou o que foi interpretado como uma pressão das Forças Armadas contra uma decisão favorável ao petista, Tomás Paiva nunca admitiu o envolvimento da instituição militar na tentativa golpista de 8 de janeiro de 2023. Ele sequer reconhece o quebra-quebra como um ensaio de sublevação, mas conseguiu diminuir resistências de setores do governo aos fardados depois que investigações da Polícia Federal apontaram a quais CPFs militares poderiam ser imputadas responsabilidades – do general e ex-candidato a vice de Bolsonaro, Walter Braga Netto, ao ex-comandante da Marinha Almir Garnier, ambos investigados no inquérito que apura o papel de Jair Bolsonaro e de outros atores para uma virada de mesa nas eleições de 2022.
11 respostas
o cordão dos puxa saco cada vez aumenta mais.
Tudo como antes no quartel de Abrantes.
Melhor Cmt EB dos últimos 20 anos.
Temos um líder.
Çei…
E o salário ó
Bela puxada.
Obrigado, mas é a verdadeira verdade.
O Cmt EB, com a sua liderança e com as suas viagens a todos os CMÁrea, conseguiu apaziguar os ânimos de seus subordinados e trazer tranquilidade institucional.
Eu presto atenção no que eles dizem
Mas eles não dizem nada, yeah yeah
Fidel e Pinochet tiram sarro de você que não faz nada, yeah yeah
Eng do Havaí
Mocorongo; oportunista.
Todos sabemos como ele conseguiu essa boquinha.
Enquanto estiver ao lado.é amigo. Se caso, se caso, resolva, cobrar a lei 13954, por exemplo, só um.exemplo (quase um.milagte acontecer) o cara vira inimigo.mortal..quer ver?
Mas para a tropa, é um imprestável.
Adoro esse sorriso do CMT. Nunca vi na tropa.