Ministra fala em aumento de 19% no governo Lula

 

Haddad já havia descartado reajuste salarial para categorias em 2024. Para evitar paralisações, governo propôs aos servidores aumentos em auxílio-alimentação e benefícios neste ano.

Alexandro Martello, g1 — Brasília

A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, reiterou nesta quinta-feira (11) que não está previsto reajuste para servidores públicos neste ano porque, segundo ela, o aumento linear de 9% autorizado em 2023 está tendo um “impacto grande” no orçamento de 2024.

Nesta quarta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia dito que não seria possível conceder reajuste aos servidores em 2024, pois o orçamento está “fechado”.

Durante participação no programa “Bom Dia, Ministra”, da EBC, ela também disse que o espaço orçamentário existente está sendo preenchido por outras prioridades do presidente Lula, como a recomposição de mínimos constitucionais para saúde e educação, além da recuperação investimentos e da retomada da política de aumentos reais (acima da inflação) para o salário mínimo.

A variação de 19%, segundo ela, se deve ao fato de que os reajustes de 2025 e 2026, com a previsão de 4,5% em cada ano, se darão sobre um salário maior (já reajustado em 9% no ano passado).

Ou seja, o cálculo chega aos 19% considerando o “reajuste sobre o reajuste” já concedido.

“O que a gente tem pactuado inicialmente dentro do governo, que gente garantiria para todo mundo 9% [em 2023], mais 4,5% [em 2025] e 4,5% [em 2026]. Ao todo, 19% acima da inflação do período, ninguém teria perda ao longo do governo do presidente Lula. Mas não teríamos facilidade de recuperar perdas de governo anterior por falta de qualquer reajuste de servidores naquele momento”, declarou a ministra da Gestão, Esther Dweck.
Segundo a ministra, o governo está discutindo internamente, neste momento, se há um espaço orçamentário, para conceder um reajuste inclusive acima dos 19% propostos inicialmente.

O arcabouço fiscal, a nova regra para as contas públicas aprovada no ano passado, estabelece que há um limite máximo de aumento real (acima da inflação) de 2,5% para os gastos do governo a cada ano. Com isso, a equipe econômica tem de acomodar as pressões por despesas dentro desse teto.

Neste ano, cresceram fortemente as emendas parlamentares, que bateram recorde, além de gastos obrigatórios, como saúde e educação – pela retomada das regras vigentes antes do teto de gastos instituído pelo governo Temer, e mantido por Bolsonaro. E gastos previdenciários subiram por conta do aumento do salário mínimo, ao qual estão atrelados.

Negociações com servidores
A ministra da Gestão lembrou que, em meio a ameaças de paralisações e greves do funcionalismo, o governo propôs aos servidores públicos federais um reajuste em auxílios como alimentação e creche.

O texto que o governo propôs reajusta já a partir de maio deste ano:

  • o auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil (alta de 51,9%);
  • a assistência à saúde complementar per capita média (auxílio-saúde) de R$ 144,38 para cerca de R$ 215;
  • a assistência pré-escolar (auxílio-creche) de R$ 321 para R$ 484,90

E que, além disso, também busca abrir negociações separadas por categorias para eventuais aumentos salariais. Segundo ela, há um compromisso do governo em abrir todas as mesas de negociação até julho deste ano.

“O que a gente está discutindo dentro do governo é qual o espaço orçamentário para fazer uma contraproposta, pois a gente chegou a fazer uma proposta dentro desses valores que mencionei anteriormente, 4,5% ano que vem e 4,5% e 2026”, explicou a ministra Esther Dweck, sobre as negociações com os servidores do setor de educação.

Paralisações
De acordo com Rudinei Marques, presidente do Fórum das Carreiras de Estado (Fonacate), a falta de prazo para o fim das negociações poderá ampliar o movimento de paralisações no país, vistas como única forma de pressionar o governo.

“Nós temos a informação de que 20 categorias hoje já estão com algum processo de mobilização, seja operação padrão, paralisações esporádicas ou mesmo greve por tempo indeterminado, como é o caso das Instituições Federais de Ensino”, afirmou Marques.

A ministra Esther Dweck admitiu que a negociação com as categorias não é tão rápida quanto estas gostariam porque existem decisões internas, relativas a impacto orçamentário, que têm de ser calculadas e tomadas.

“O que a gente vai ter que abrir mão, e é uma decisão política também, fiscal, que a gente precisa tomar internamente dentro do governo para poder fazer uma contraproposta”, explicou a ministra Esther Dweck.

Ela declarou que não há como o governo fazer todas as negociações ao mesmo tempo. “Nossa equipe que estuda cada categoria, depende de uma análise muito detalhada. Foram 30 dais para montar uma análise para técnicos administrativos. Importante é que todas as mesas serão abertas até julho”, concluiu.

g1

32 respostas

    1. O Momento é ruim, e ainda tem que entregar o dinheiro dos salários do funcionalismo para emendas Parlamentares. Ou seja deixar de atender o povo para distribuir dinheiro para parlamentares? Emendas Parlamentares não são de extrema necessidade Mas a correção dos salários sim, em função da inflação que Destrói o poder de compra do trabalhador tem que esperar. Uma verdadeira Aberração, a alimento na mesa que tanto se fala, por parte do governo, está sendo deixado de lado? ou é propaganda falsa para o funcionalismo Federal.

    1. Não, painho prometeu que ia promover nois, porque fumo prejudicado. Fiz o L pra painho promover nois. Nosso patrono também prometeu. Nois fizemos o L pra isso mermo.

    1. Sonhar – por enquanto – não paga imposto…
      mas, pelo andar da carruagem do governo do “faz o L”, logo você irá pagar imposto pelo sonho.

      1. Acho que aumento de salário no momento é cabível para quem ficou lesado pela lei de reestruturação. esses sim tem que ser recompensado pela injustiça. Promoção a ST, 41% no adicional de disponibilidade isto sim e aumento depois disto poderá esperar um pouco.

  1. Falar em reajuste do soldo é um verdadeiro tabu. Lembrando que o último foi em 2016 e nem todos foram beneficiados no governo anterior e ngm fala nada.

  2. Nem se cogita em reajuste do nosso soldo pq, para o mundo exterior, o falso Mito concedeu 73 % de aumento aos “militares”. Só que esqueceram de afirmar que, onde se lê”militares”, leia-se “oficiais generais”. Mas, a hora do falso Messias há de chegar, e com o mesmo carinho que ele tratou o seu público mais fiel.

  3. Eu não quero aumento no soldo, só quero minha promoção a Sub Ten QE, que já esta demorando muito,.quero curtir minha reforma, com mais conforto, acho que mereço, dei meu sangue no Exército , por 29 anos e pelo nosso Brasil Amado,, Deus proverá.

  4. Os idealizadores do PL 1645 estavam tão Confiantes que o parmito ia prosseguir que encheram os bolsos primeiro e depois Concederiam Mais uma merreca para veteranos e pensionistas, E eles levariam Novamente. O falso Meçias perdeu e agora eles não têm argumentos pra pedir pra tropa, pois para a sociedade as FFAA ganharam 73% de reajuste no desgoverno anterior.

  5. Militares, esqueçam reajuste, Lula não vai dá nada durante o governo dele, ele precisa ter dinheiro para pagar os cabides de emprego dos apadrinhados.

  6. Os civis amargaram 4anos sem reajuste de salário e sem reajuste de reajuste na tabela do IR. A bola agora está com os milicos.

  7. A grande verdade e a seguinte, tirando os QE e as pensionistas de QE, todos os outros militares uns mais outros menos receberam algum percentual, ainda bem que essa reestruturação foi assinada. O nosso horizonte e negro esse governo não tem a menor pinta que vá nos conceder qualquer percentual de reajuste, o resto e conversa.

  8. Meus amigos, boa noite!
    Como não tem dinheiro para dá reajuste salarial para os civis e militares das Forças Armadas? Se quando o Lula viaja leva quase 100 pessoas na sua comitiva para fazer a farra com o dinheiro público! O povo está agonizando, um chuchu está custando R$ 5,00, cada dia o salário fica defasado. Esses estudos que eles fazem para dá uma merreca de reajuste é incrível, eles chegam a conclusão que não tem dinheiro para reajustar os salários desses miseráveis trabalhadores. Socorro!!

  9. Não tem dinheiro agora e não terá em 2025, 2026.
    Tem que ser muito trouxa para acreditar.
    Não vai subir ninguém. e você que fez o l, otário, aprende já neste ano que votar na esquerda é naufrágio.
    felizmente, isso acaba em 2026; quiçá antes.

  10. SOS!!! Reajuste nos soldos!!!!
    Até quando continuaremos afogados nesse mar de lama?? Lei do mal!! Sua infeliz!! Sai de pert da gente!!

    1. Lula Está cada vez mais Revanchista….e Quem vai pagar o Pato são os Pracinhas….mais uma vez!!

      Mas isso tem um lado bom….talvez assim os “fazedores de L” caiam na real e nunca mais votem nesse porcaria….

      Mais e mais os militares estarão alinhados com a direita e no momento certo Lula irá cair….

      Elinho tá jogando m@rda no ventilador e no final do ano o laranjão estará de volta….

  11. Pelo menos o civis ainda tem alguma perspectiva de reajuste nos próximos anos (fora os 9% do ano passado e o aumento dos benefícios no próximo mês, creche, alimentação, etc). Nós estamos lascados. Devemos agradecer ao mito e seus generais que engordaram os bolsos e deixaram todos acreditando que os militares, no geral tiveram aumento.

  12. Hoje os 3 sgt do Exército estão ganhando pouco menos de 3 salários mínimo, isso é uma vergonha! Porque tudo é calculado em cima do soldo do militar. Estou me referindo ao soldo do Sargento; enquanto os Generais estão ganhando uma fortuna por mês! Coitados dos praças das Forças Armadas; às eleições estão chegando! Vamos ver quem sairá vencedor “Direita ou Esquerda”. Desde 2019 sem reajuste salarial! Socorro!!!

    1. Fake news!
      Valor do salário mínimo é de R$ 1.412,00
      Três vezes este valor são: R$ 4.236,00
      Qualquer 3º Sargento das FFAA tem salário líquido superior a R$ 4.236,00
      Inclusive os do Quadro Especial, fato.

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