Caça francês perdeu a disputa do projeto FX-2 para o Gripen que hoje equipa a FAB
Em sua recente visita ao Brasil, o presidente francês Emmanuel Macron demonstrou que ainda quer vender caças Dassault Rafale à Força Aérea Brasileira (FAB). Há pouco mais de 10 anos o caça francês perdeu a disputa do projeto FX-2 para o Saab F-39 Gripen que hoje equipa a FAB.
Macron chegou ao país no dia 26/03 e participou de uma série de agendas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um dos eventos foi o lançamento ao mar de um dos novos submarinos Classe Riachuelo da Marinha do Brasil, o S42 Tonelero. A embarcação é baseada na Classe Scorpène francesa e foi desenvolvida em parceria com o país europeu.
O presidente reforçou que Brasil e França estão cooperando para desenvolver uma versão nuclear do Riachuelo, um programa que tem enfrentado atrasos. Na mesma fala, Macron mencionou outro relevante produto militar francês, o caça multimissão Rafale.
Ao falar do avião, que chegou a ser favorito do governo para o FX-2, o presidente francês disse que nada está perdido. “E quem sabe relançar a discussão sobre o Rafale porque considero que nunca nada se perde”, afirmou.
Entre 2009 e 2013 o Dassault Rafale disputou o programa do novo avião de caça brasileiro com o Boeing F/A-18 Super Hornet dos Estados Unidos e o então Gripen NG da Suécia. O Rafale chegou a ser anunciado vencedor da disputa em 2010, mas a decisão do Governo foi anulada, com o caça sueco sendo escolhido pela FAB por fatores técnicos, três anos mais tarde.
Dos 36 aviões adquiridos, oito já estão no país, incluindo uma unidade de testes e ensaios. Ao mesmo tempo, Brasil e Suécia negociam a compra de mais Gripens para equipar a FAB, em uma possível venda casada envolvendo cargueiros KC-390 da Embraer.
Dessa forma, um possível acordo entre Paris e Brasília envolvendo o Rafale é, no mínimo, improvável. Ainda assim, os dois governos mantém relações amigáveis e uma parceria histórica na área de defesa.
Com informações de Capital, Le Parisien.
Respostas de 2
O governo federal deverá encomendar um
novo caça a Embraer. A dependência de
material bélico estrangeiro tem que acabar.
Me lembro desse contrato com a Suécia. Era U$D 2 bi, depois passou para U$D 6 bi sem ninguém saber o motivo e hoje deve estar em uns U$D 10 bi.