Após seguidos reveses, Putin demite o comandante da Marinha da Rússia

Almirante Nikolai Yevmenov, comandante da Marinha da Rússia (Foto: WikiCommons)

Kiev diz ter atingido um terço da frota do Mar Negro, o que teria contribuído para a queda do almirante Nikolai Yevmenov
A Marinha da Rússia tem sido o alvo preferencial dos ataques da Ucrânia na guerra, com Kiev relatando em fevereiro que afundou um terço da frota do Mar Negro até ali. Embora esses números careçam de verificação independente, os seguidos reveses de fato incomodam o presidente Vladimir Putin, que realizou uma importante mudança no comando. As informações são da revista Newsweek.

O almirante Nikolai Yevmenov, que desde 2019 comandava a Marinha da Rússia, foi substituído por Aleksandr Moiseyev. Quem primeiro revelou a troca na liderança foi o jornal Izvestia, que é alinhado com o Kremlin. O governo, porém, ainda não confirmou oficialmente a mudança e mantém o nome do antigo comandante no site do Ministério da Defesa.

Outro veículo de informação russo, o Fontaka, publicou a mesma informação, alegando que Moiseyev assumiu interinamente o comando da Marinha. Embora a permanência dele no cargo não esteja assegurada, o retorno de Yevmenov está fora de cogitação.

Os ataques constantes contra sua Marinha chegaram a forçar Moscou a mudar alguns de seus navios de posição, retirando-os da Crimeia e realocando-os para outros portos. Em outubro do ano passado, Aslan Bzhania, líder da região separatista da Abecásia, na Geórgia, revelou um acordo para receber parte da frota do Mar Negro, que assim ficaria protegida das ofensivas ucranianas.

Até agora, um momento marcante do sucesso de Kiev em seus ataques contra as embarcações russas foi o afundamento do Moskva, orgulho da frota russa, que veio a pique em abril de 2022. Embora Moscou insista em dizer que ele foi destruído por um incêndio no depósito de munições, serviços de inteligência ocidentais dizem que mísseis de cruzeiro disparados pelas forças ucranianas destruíram o navio.

A Ucrânia celebrou novamente o sucesso de uma operação contra a Marinha inimiga em setembro de 2023, quando um grande bombardeio atingiu uma base usada em Sebastopol, na Crimeia. Kiev alegou à época ter atingido ao menos um navio de desembarque e um submarino, além de um estaleiro onde os russos realizavam reparos em embarcações avariadas.

Daquela vez, diferente das negativas no caso do Moskva, o governo russo não escondeu que foi alvo de um duro ataque. Disse que a Ucrânia usou dez mísseis de cruzeiro, sete deles supostamente abatidos pelas forças de Moscou, e três drones, todos alegadamente neutralizados. Admitiu, no entanto, que duas embarcações foram atingidas, sem dar maiores detalhes.

A REFERÊNCIA – Edição: Montedo.com

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