Estevam Theophilo é investigado por ter se reunido com ex-presidente e prometido tropas na rua para sustentar golpe
Bela Megale
O general Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira disse, em depoimento à Polícia Federal, que participou da reunião com Jair Bolsonaro, em dezembro de 2022, por ordem do comandante do Exército à época, Freire Gomes. A PF aponta que, no encontro, discutiu-se a possibilidade de um golpe de Estado.
Oliveira é um dos investigado pela trama golpista arquitetada para manter o ex-presidente no poder e foi interrogado na sexta-feira passada, no Ceará. As investigações apontam que o general se encontrou com Bolsonaro em 9 de dezembro de 2022, no Palácio da Alvorada, e “teria consentido com a adesão ao golpe de Estado”.
A informação sobre a reunião foi revelada pelo ex-ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cid, na sua delação premiada, e confirmada por Oliveira, que disse ter ido ao encontro de Bolsonaro por ordem de Freire Gomes. Como informou a coluna, militares bolsonaristas passaram a atuar para colocar o ex-comandante na mira da PF.
O relatório policial aponta que, segundo diálogos encontrados no celular de Cid, o general teria concordado com o golpe de Estado, desde o que presidente assinasse a medida que abrisse caminho para uma intervenção militar.
Oliveira era comandante de Operações Terrestres (Coter). Os investigadores afirmam que cabia ao general o “emprego do Comando de Operações Especiais (COpESP)”, os chamados ‘kids pretos”. Esse grupo é treinado em operações de contra-inteligência e guerrilha e seria acionado para prender autoridades durante a tentativa de golpe, conforme diz a PF.
“Nesse sentido, além de ser o responsável operacional pelo emprego da tropa caso a medida de intervenção se concretizasse, os elementos indiciários já reunidos apontam que caberiam às Forças Especiais do Exército (os chamados kids pretos) a missão de efetuar a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes assim que o decreto presidencial fosse assinado”, aponta a PF.
O GLOBO
4 respostas
Diria Freire Gomes, ‘canalha’!
A onda agora é dizer que houve ordem, seja oficial subalterno/intermediário/superior/general, será que cola? Pelo que foi escrito na história nunca funcionou. Resta a pergunta: Será que o STF será complacente? Duvido! Para golpista a cana tem que ser dura e se for servidor a expulsão e RGPS na veia deles. Não adianta manter aposentadoria ganhando os tubos, mesmo que para a esposa. Devem receber auxílio reclusão.
Covarde! A hora que ve o capa preta, se borra de medo, e joga a culpa nos outros. Honda essa farda.
Tem alguém faltando com a verdade ou sendo incoerente. como o Cmt Ex autorizou o Ch COTER a participar da reunião do Golpe de Estado com Jair Bolsobaro, se esse foi um dos Cmt das FA que na época não aceitou a participar da referida trama. A PF deve inquirir o Gen Ex Freire Gomes e fazer uma Acarreaçao entre os dois generais