Quem é o militar que tinha 111 armas e ‘incontáveis’ munições em apartamento incendiado em Campinas

Virgílio Parras Dias, de 69 anos, se aposentou em 31 de dezembro de 2010 e consta como responsável por clube de tiro. Militar é formado pela Academia Militar das Agulhas Negras.
Bárbara Marques, g1 Campinas e Região

O militar que armazenava ‘incontáveis’ munições, granada e 111 armas de fogo no apartamento que pegou fogo e explodiu no sábado (26) em Campinas (SP), Virgílio Parra Dias, de 69 anos, é coronel aposentado do Exército e instrutor de tiro.

Segundo o Exército, o militar possui certificado de registro válido como atirador, caçador e colecionador (CAC). A instituição aguarda o laudo pericial para apontar se todas as armas possuíam autorização.

O nome do coronel Vírgilio Parras Dias também consta como um dos responsáveis por um clube de tiro em São Paulo (SP).

Nascido em 21 de abril de 1954, o coronel frequentou a Academia Militar das Agulhas Negras, escola de ensino superior do Exército que fica no Rio de Janeiro, entre 1977 e 1980.

Aposentado como general
Conforme dados do Portal da Transparência do Governo Federal, o coronel foi reformado (termo usado para aposentadoria da carreira militar) em 31 de dezembro de 2010.

Ao se aposentar, Parras Dias passou a receber salário do posto imediatamente superior: general de Brigada.

Ainda conforme o Portal da Transparência, em dezembro de 2023, a remuneração bruta do militar aposentado foi de R$ 29.410,02. Com descontos, ele recebeu R$ 24.998,52.

Segundo o Exército, a prática de militares receberem vencimentos do posto imediatamente superior após se aposentarem não ocorre mais.

Em janeiro de 2023, o coronel participou da solenidade de recriação da Companhia de Comando da 2ª Divisão de Exército, extinta em 1995. Segundo a publicação do Comando Militar do Sudeste, Parras Dias atuava como comandante da companhia. Leia mais.

g1

10 respostas

  1. […] o Militar foi para a reserva com o posto acima em 2010. Como assim!? Alguém pode me explicar!? Essa benesse não existe mais desde a famigerada MP do mal de FHC de 2000!?

    1. Considerando que a reportagem afirma que ele ingressou na Aman em 1977, no ano de 2000 – ano da MP – ele contava 23 anos de serviço.

      Mesmo que tivesse cursado a EsPCEx antes e durante 3 anos, como era na época, a conta também não fecha, pois assim teria 26 anos em 2000.

      Não me recordo se a MP criou uma regra de transição para quem ainda não tinha o direito adquirido, ou seja, para aqueles que não contavam 30 anos de serviço à época da Medida Provisória.

      1. As licenças especiais não gozadas e o tempo de serviço em localidade especial podem ter contribuído nesse cômputo. Além do mais, a versão final da MP 2215 (MP do Mal), é de 2001.Creio que o coronel possa ter se enquadrado nessas condicionantes. Abraço.

  2. Esse cidadão deveria ter sido detido, ao menos por crime de dano, no momento em que dizia que uns dos artefatos não era granada, nem ele sabia que tinha pólvora junto ou mentiu na cara de pau para o oficial combatente bombeiro que estava a frente no momento do Incêndio. A mentira parece ser o meio de resposta para esse Cidadãos.

  3. Não mexam com os velha guarda, olhe esse caso se os escoteiros, gms, pms fossem lá usando o argumento de que ” militar do exército não usa arma, só pinta meio fim”, o resultado é até iriam deixa a vovó em grupo com os explosivos do veinho operacional. Fica a dica, faz tempo que venho alertando, depois não digam que não avisei….

    1. Hj eles colecionam bonequinhos na mesa.
      Como diz o MajCav: isso de arma é furada, melhor alugar uma no estande.

      Arma no ebzao hj é para malabarismo na formatura… ombroooo arma

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