Marcelo Câmara quer falar, mas precisa de um advogado ao lado
Lauro Jardim
A defesa do coronel Marcelo Câmara, assessor de Jair Bolsonaro preso na operação Tempus Veritatis, está pedindo que a PF marque um novo depoimento para o seu cliente.
Motivo: Câmara calou-se diante das perguntas por que seu advogado, Eduardo Kuntz não pôde acompanhar a oitiva por que estava com outro cliente implicado na mesma investigação — Tercio Arnaud, também assessor de Bolsonaro.
O depoimento de Arnaud começou por volta das 14h30 e só terminou às 19h45. Foram 168 perguntas. Dessas, segundo Kuntz, 80% foram respondidas com um “não sei a resposta”.
Quando a oitiva de Arnaud acabou, Kuntz relata que procurou por Câmara e avisaram que ele já tinha sido levado de volta à prisão. Diz Kuntz:
— Ele quer falar, mas precisa de um advogado ao lado. Vou acionar a OAB.
Eis a nota oficial do advogado:
“A Defesa do coronel Marcelo Câmara esclarece que não teve oportunidade de responder as perguntas pois a autoridade policial disse que não tinha tempo de aguardar o encerramento do depoimento de Tércio Arnaud. Em razão disso, foi coagido a usar do silêncio, sem a presença de sua defesa técnica. Algo totalmente novo, reprovável e que não se pode admitir em um Estado Democrático e de Direito. Aguarda-se, portanto, imediata definição de nova data para possa exercer o seu direito de defesa de forma plena e em ato contínuo reiterar o seu pedido de liberdade que está pendente de apreciação desde o dia 14.02.”
3 respostas
Ué os advogados querendo mandar mais que a Justiça?
Não sabiá que advogado mandava na polícia ou no STF? Ou manda?
Os Golpistas vão pular fora de um em um…. é só fazer igual ao Cid, vomita tudo que sabe a respeito do golpe fracassado e fala quem estava lhe induzindo… só isso. Com certeza sua cadeia será menor.