Militar é investigado por suposto envolvimento nos crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição do Estado democrático
Natália Martins, da RECORD, e Gabriela Coelho, do R7
Brasília – O coronel Bernardo Romão Correa Neto, preso neste domingo (11), quando desembarcou dos Estados Unidos no Aeroporto de Brasília, está preso no Batalhão da Guarda Presidencial, onde há uma equipe de militares que fica, permanentemente, responsável pela segurança do custodiado (24 horas por dia), que fica em local com as dimensões de 4,34m x 4,51m. A informação foi dada à RECORD pelo Exército.
Correa Neto é alvo de um mandado de prisão preventiva decretado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes — outras três pessoas, incluindo um major do Exército, já tinham sido detidos na Operação Tempus Veritatis.
O Exército informou ainda que, diariamente, estão previstas duas horas de banho de sol com atividade física individual, realizada no interior do aquartelamento, sempre acompanhado de uma equipe de guarda.
“O militar recebe café da manhã, almoço, jantar e ceia, realizadas no cômodo onde se encontra recolhido. O cardápio é o mesmo servido no quartel para os demais militares. O Coronel utiliza os uniformes previstos no Regulamento de Uniformes do Exército (RUE)”, diz a nota.
O coronel é investigado por suposto envolvimento nos crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição do Estado democrático de direito.
Na última semana, a operação da PF que investiga o caso deteve o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, além de outras três pessoas que também tiveram a prisão preventiva decretada e o cumprimento de 33 mandados de busca e apreensão em nove estados e no Distrito Federal. Costa Neto foi solto no último sábado à noite após decisão de Moraes.
Operação Tempus Veritatis
Segundo a PF, inicialmente, 16 militares são investigados por pelo menos três formas de atuação. A primeira é a produção, divulgação e amplificação de notícias falsas quanto à segurança das eleições de 2022 para estimular seguidores a permanecerem na frente de quartéis e instalações das Forças Armadas.
O segundo ponto de atuação dos militares investigados pela PF seria de apoio às ações golpistas, reuniões e planejamento para manter os atos em frente aos quartéis, incluindo mobilização, logística e financiamento para auxiliar os manifestantes.
Havia ainda o “Núcleo de Inteligência Paralela”, que seria formado pelos militares Augusto Heleno, Marcelo Camara e Mauro Cid. Esse grupo faria a coleta de dados e informações que auxiliassem a tomada de decisões do então presidente da República na consumação do golpe.
Uma resposta
Banho de Sol de praças e 30 minutos os oficiais leva vantagens em tudo.