Leônidas Badaró
Rio Branco – O Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM) divulgou na tarde desta segunda-feira, 5, uma nota de repúdio do caso envolvendo o sargento Berton, que teria ameaçado e desacatado uma médica e a equipe de plantonistas do Pronto-Socorro Humberto Grandidier, em Cruzeiro do Sul, sofreram na madrugada desse domingo, 4.
Na nota, o CRM afirma que o sargento estava em visível estado de embriaguez, diz que o militar expôs a arma de fogo que portava e cobra uma punição exemplar por parte do Exército Brasileiro e o Ministério Público.
Leia abaixo a nota de repúdio da entidade:
Nota de Repúdio
O Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) repudia veementemente mais um ato de violência e ameaça ocorrido contra dois médicos e a equipe de plantonistas do Pronto Socorro do Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, no domingo, 4 de fevereiro. Desta vez, um sargento do Exército Brasileiro, que acompanhava sua esposa em atendimento e estava visivelmente em estado de embriaguez, fez graves ameaças e chegou ao extremo de expor uma arma de fogo que portava dentro da unidade de saúde.
O CRM-AC enfatiza que está tomando todas as providências cabíveis diante do acontecimento e exige uma apuração rigorosa e punição exemplar por parte do Exército Brasileiro e do Ministério Público.
Não podemos e não iremos tolerar que profissionais de saúde sejam agredidos, ameaçados ou sujeitos a qualquer forma de violência, sobretudo, por parte de indivíduos que, por sua função, deveriam estar protegendo e zelando pela segurança e integridade da população. Reiteramos nosso apoio irrestrito aos médicos e à equipe de plantonistas e nos solidarizamos com eles neste momento difícil.
Que mais este episódio sirva como alerta para a sociedade e as autoridades competentes sobre a importância de se garantir um ambiente seguro e respeitoso para o exercício da medicina e demais profissões da área da saúde.
Diretoria do CRM-AC.
05 de fevereiro 2024.
11 respostas
Uma ocorrência civil , nada a haver com o exército ou cRM. Cabe registro em delegacia e só. Forças Armada não são ” babás” de seus militares.
Sugiro que você leia o artigo 28 do Estatuto dos Militares, Lei 6.880/80.
A Instituição terá que esperar um processo, depois do trânsito em julgado de uma sentença condenatória, aí sim, Punir o militar. Vide Casos vistos aqui no Blog quase todos os dias. Não que eu concode com isso mas, o Exército não pode ter um peso e duas medidas.
Se fosse assim o CId estava sem tornozeleira…
CRM para cobrar é rápido Como o Papa-Léguas , agora quando é para cumprir com suas obrigações….Ahh, Corporativista ao extremo.
Agredir funcionário publico exercendo a sua função é crime, sendo assim, cabe a Policia Civil dar andamento ao processo. Por outro lado ao se identificar como militar, e não ter comportamento adequado dentro de um órgão publico, ele esta indo contra o decoro de classe e o pundonor militar. É transgressão militar grave, e pode ser aplicada no âmbito da OM independente do processo penal que o militar responderá na justiça civil e as suas consequencias, se condena do há mais de 2 anos, vai para Conselho de Disciplina.
Não é condenado a pena superior a dois anos, é “ATÉ” dois anos. A perda da função pública é efeito da condenação em processo com pena superior a dois anos, por outro lado, a submissão a conselho de disciplina decorre da pena inferior a dois anos.
Noutra linha, se o sargento não for estabilizado, ou não for de carreira responde sindicância e, na sequência, processo disciplinar cuja pena administrativa pode resultar na sua exclusão do serviço ativo, ou prisão administrativa com queda do conceito do comportamento. Neste último caso, ingressando no “comportamento mau” fica impedido de renovar o seu contrato e vai embora ao término do tempo do serviço militar.
O álcool é inimigo da razão.
E bota lenha na fogueira onde está o único calderão no inferno que não precisa de guarda, digo, de vigia (com trocadilho, por favor)
Bebida alcólica e arma não combina, deixa o cidadão valente, ta cheio desses irresponsaveis no final de semana, fazendo merda Brasil afora, , dirigindo bêbedo e se prejudicando ele e sua familia. graças a Deus, desse mal eu não padeço, adoro suco de uva Integral gelado, e bom para à saúde, e para à cabeça. Deus seja Louvado,
A equipe médica deveria ter chamado a polícia militar, para conduzi-lo a presença de um delegado que tomaria de imediato as providências julgadas cabíveis. Cabe ressaltar que o mau atendimento não se resolve com arma em punho. Tem os meus legais
Tanta gente “metendo o pau” no sargento por discutir (ou ameaçar, que seja…) Com Uma médica (leia-se: deuses do Olimpo na terra) e já tomam as dores dessa categoria extremamente corporativista e que se acha extremamente acima de todos os seres humanos. Basta espirrar perto de Políticos, magistrados, promotores de justiça, atores, cantores (e demais drogados e promíscuos), médicos, jornalistas, ativistas (e outros “Istas”) que seus sindicatos, conselhos, Ordem, irmandade etc saem latindo em defesa de seus ungidos, mesmo que eles possam estar errados ou mesmo terem cometido alguma falta grave…mesmo antes de saber o que aconteceu, saem em defesa de seus pares. E no Exército? Nas Forças Armadas? Ao contrário, vemos os seus integrantes contentes e cheios de opiniões (inclusive jurídicas) mesmo sem estar presente no local do fato…por isso estamos nessa merda. Sem representatividade, sem respeito da sociedade, sem consideração entre os colegas de farda, sendo usados por políticos nefastos para propaganda e obtenção de votos. Valemos menos que esterco de galinha. Nos esculacham na imprensa, no hospital, no judiciário, no congresso nacional. Por isso criaram uma PEC que nos expurgará da condição de cidadão, nos passando para subservientes mal pagos, que existem para talvez um dia morrer pelo seu país. Mas antes desse dia chegar, já nos matam em várias searas sociais.
Estamos nos tornando invisíveis a cada dia.